24 de dezembro de 2010

In Paris and Rome

Hoje acordei com um tremendo mal humor. Não que geralmente eu acorde de bom humor, mas hoje eu cheguei ao ponto extremo da minha fúria. Estou com creme no cabelo e máscara facial escutando a mesma música do Michael Bublé pela milésima vez seguida só hoje. Já sentiu saudades? Digo, saudades de verdade, não aquele simples sentimento de falta. Tudo dói menos quando você sabe que a pessoa só está em outra rua, quando você descobre que ela foi pra um lugar bem longe de ti e que talvez nem volte mais, é ai que dói demais. Você chora a cada instante, tudo te lembra aquela pessoa e seu único desejo é ser motivo o bastante para fazê-la voltar e desta vez ficar. É véspera de natal e eu estou brigando com todo mundo desde a madrugada, como seria possível uma coisa dessas? Até mesmo a parte vital de meu ser já me dei ao luxo de ferir com as palavras. É horrível, certo? Sentir-se tão patética e tão dependente de alguém? Eu tô péssima e quando mais preciso de alguém do meu lado ninguém está, nem mesmo a pessoa que eu mais queria por perto. Nada, nem uma palavra doce. E as mentiras? Ah, como elas me machucam. Por que não ser honesta uma simples vez? Por que é sempre mais fácil queimar com brasas antes de matar? Eu odeio isso. A confusão, a dúvida, a dor. Tem tantas coisas que eu quero, tem tantas coisas que me fazem cair e eu odeio o Natal. Porque não é verdade quando dizem que é um dia de paz. É um dia de caos. Todos estressados, todo mundo bravo e ninguém com reais sentimentos. É uma imensa futilidade carregada de falsidade e obrigações. E quando realmente queremos estar com alguém, essa pessoa nunca está. Eu não preciso de um abraço, de palavras falsas e repetidas, tampouco de um presente. Eu só preciso escutar um sincero "fique bem" vindo das pessoas com quem me importo. É tão dificil? Pelo visto sim. Me sinto o Grinch depois desse desabafo louco e sem contexto. Aos que ainda conseguem ver alegria em estar vivos, um feliz natal e ótimas festas. Bebam muito e espero que tenham ganhado um presente bom e um bom pedaço de pernil, porque é só isso que o natal se transformou. E espero que alguns, ao contrário de mim e 99% da população mundial consigam captar a verdadeira energia do natal e aproveitá-la tornando esse dia em algo que não se baseie em falsidade e consumismo.

"And I've been keeping all the letters that I wrote to you
In each one a line or two
"I'm fine baby, how are you?"
Well I would send them but I know that it's just not enough
My words were cold and flat
And you deserve more than that"

15 de dezembro de 2010

And time makes it harder

"Estava atrasada para o jornal e não achava a bendita chave do carro, aonde eu poderia tê-la posto? Cheguei até mesmo a pensar que Hércules a havia devorado, mas voltei e me lembrei do quão aquele meu velho amigo era lento até mesmo para comer seu mingau matinal. Revirei todas as partes da casa, todas. Me lembrei que andei pegando minhas malas no armário de meu escritório, fui verificar lá também e não achei nada, apenas uma velha bolsa que usava bastante durante meus semestres passados. Resolvi pegá-la, lembrei-me dos documentos perdidos e a joguei na escrivaninha, olharia depois. Parei e achei uma caixa, minha caixa de sonhos e recordações, meu eterno relicário. Peguei e deixei lá embaixo, odiava vê-lo porque sempre me fazia mal, mas resolvi procurar algo por lá. Provavelmente acharia algo de Yan ou de Edward, como sentia falta deles. Depois de Hércules eram meus melhores amigos. Estava pesada e logo deixei que caísse ao chão de uma altura baixa. De cima da escada vi a chave num vaso de planta e corri, a peguei então e sai finalmente (...) Cheguei em casa tremendamente abatida. Estava cansada. Estava triste. Eu podia perder meu emprego, e isso era algo horrível, ainda mais pra uma universitária dos bolsos vazios e a barriga roncando. Suspirei fundo e me joguei na poltrona, escutei o telefone no escritório tocar e me arrastei até lá, atendi, o sindico estava avisando sobre mais uma reunião com aquele sotaque fajuto. Desliguei após confirmar falsa futura presença. Vi a caixa e ai então me lembrei dela, sorri de canto. Estava tão triste e tão mal, nem mesmo queria vê-la, meu estômago já estava embrulhando como sempre fazia ao se lembrar do quão aquele passado trancado ali doia (...) Tanta porcaria, coisas das quais nem me lembrava, cartas de Emme, alguns desenhos de Mérope, fotos, flores e um brilho rosa com um pedaço de aluminio. Um sorriso de orelha a orelha me brotou, eu lembrava bem. Era a segunda vez que eu o encontrava daquela forma e desta vez estava junto de um pequeno desenho de coração. Como eu sentia falta de conversar com ela. Mas tinha medo, muito medo (...) Sem ver tomei coragem e me levantei, desliguei o som, enxuguei o rosto e revirei a lista telefônica, achando finalmente o tal número. Chamou, chamou, demorou, pensei em desligar, mas meu pensamento foi cortando quando escutei a voz tão conhecida:
- Alô? - engoli seco e suspirei fundo, fiquei muda - Alguém na linha? - O que falar? Fiquei muda, respirei fundo - Alô?
- Meridiana? Hey... - Era mais um sussurro, sempre era.
Por um instante percebi o quão havia sentido falta dela. Saudade, de verdade."

Trecho de meu livro que estive escrevendo agora a pouco, dedicado à Mariana Fiori e seu sonho de valsa, cuja falta eu senti por um bom tempo e bem, cuja paciência comigo merecia um "obrigada" mais original, ainda mais com essas últimas madrugadas de palhaçadas minhas. Aprender o que é saudade dói, mas é gostoso quando a gente acaba matando as saudades de uma velha amiga assim. Obrigada pequena.

13 de dezembro de 2010

Sunset in your eyes

Acho que hoje é um dos poucos dias que acordo de mau humor, porém, relativamente feliz. Tive uma péssima noite de sono, não consegui dormir por causa do calor, passei mal, mas uma coisa valeu a pena de fato. Sabe aquelas coisas que acontecem todo dia, e quando acabam, você sente falta? Então, acaba recebendo uma "amostra grátis", pequena e quase insatisfatória comparada com as antigas mostras, mas ainda sim, você fica feliz e completamente satisfeito? É mais ou menos isso. O dia era vinte e sete de novembro, lá estava eu cuidando da minha vida quando descendo as escadas senti o coração acelerar; o tempo, o mundo inteiro, todos simplesmente pararam; minhas pernas tremeram; minha lingua e garganta ficaram travadas, como se algo as segurasse; minha visão girava, meus olhos pareciam arder e minha mente lhes protejava lembranças e vultos mesclados com aquela visão do momento; tudo parou. Tudo. Do you know that everytime you're near, everybody else seems far away? É quase, aliás, é totalmente como nessa frase. Estou escutando Hoobastank e acho que é a primeira vez que me identifico de verdade com alguma das letras deles. Aliás, ultimamente ando me identificando com toda e qualquer música que fale de mágoa e/ou pesar, arrependimentos e dores. De distâncias. Infelizmente, eu quem construi o "muro de concreto entre nossos lábios", e nem ouso dizer que precisei pensar antes de admitir. Voltei a escrever meu antigo livro, um tanto quando nostalgica. Reli algumas partes e simplesmente me pergunto porque Laurence acabou agindo daquela maneira, minha vontade é que como ela, eu pudesse simplesmente apagar e escrever um final diferente, mas isso é impossível. Cresci com uma frase de Chico Xavier enraizada em mim: "Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim." e hoje me pergunto se isso se aplica a todas as pessoas, me pergunto se adianta em todos os casos simplesmente tentar escrever um final diferente do que era planejado, a resposta geral é "desista". Deveria desistir? Ainda não acho que seja hora de covardia, é cedo demais e eu sei que ainda posso chegar mais perto do pódio que isto.

12 de dezembro de 2010

Il faut oublier

Acordei cedo para receber minha avó e meu pai que chegam de viagem hoje, um remorso enorme de ter saído do msn e não ter voltado a tempo para algo, uma dor de cabeça infernal, uma péssima noite de sono. Descobri que acordei 09:30am a toa porque eles só chegam 12:30pm aqui, o que deve ter ajudado muito para meu "bom" humor matinal. Desde então enrolei para sair do quarto ou tomar banho, minha vontade é gritar e brigar com todo mundo e eu honestamente não queria sair de casa hoje. Me pergunto se os rapazes do colégio vão me matar por faltar ao filme seguido de um passeio pela pista de kart e a resposta é imediata "Eles vão te matar sim Larissa, com muito sofrimento para ti". Não é que eu não queira ir, só estou com preguiça e mau humor. Está calor, odeio calor. São 27ºC lá fora e eu sinto como se fossem 35ºC ou mais. Malditas sejam as sensações térmicas exageradas. Meus olhos ardem, meus olhos ardem muito. Eu estou furiosa, estou triste, é um misto louco e confuso de sensações e idéias. Tive outro sonho estranho e me pergunto porque venho tendo imagens tão estranhas na cabeça. Eu sei que é algo impossível, tenho certeza disso. Meus sonhos acabam virando ilusões e eu odeio me iludir, o resultado sempre me desaponta. E não é verdade o que dizem, arrependimento e sinceridade de sentimentos não fazem a garota ficar com você, nunca resolve. Anyway, preciso me ensinar a esquecer as coisas que devem ser esquecidas.

10 de dezembro de 2010

Picture with a old frame

Ando tão cansada de não fazer nada ultimamente, e tão sem disposição até mesmo para me levantar, que começo a divagar na cama sobre as coisas que tanto me atormentam. Depois me vejo de cabeça tão cheia que não vejo, escuto ou entendo nada direito, é muita gente falando ao mesmo tempo. Estou zangada com tudo, grito toda hora, qualquer coisa me estressa e me faz ter um acesso de fúria, o que é estranho já que, geralmente, eu sou um poço de calma. Acabei de gritar com meu irmão porque o pedi para não lavar o cabelo e ele foi molhar os tão benditos fios louros. Detesto isso, não só o fato de ficar nervosa e quase ter um ataque cardíaco a todo instante, mas também o fato de gritar sem necessidade com todos ao redor.  Minha mãe sempre pergunta se ando tendo só o pé esquerdo para levantar de manhã, acho que, em partes, ela tem razão, nunca tive tanto mau humor acordando, acordada, indo dormir e até emsmo dormindo. Não consigo dormir, durmo bem pouco todos os dias, ando tendo os mais confusos pesadelos por estes dias, mesmo quando são coisas boas, porque são coisas boas que me atormentam e me dão idéias dolorosas. Sonhei hoje um dos sonhos mais confusos de todos, me lembro de tudo, assim como me lembro de tudo em todos os sonhos que tive nesta semana. Quando começo a enlouquecer demais eu sempre descubro porque começo a me lembrar de meus sonhos e seus detalhes. Talvez eu não melhore dessa vez. Todos dizem que estou estranha, eu não me sinto estranha, não me sinto nada, absolutamente nada. Não sou eu, mas também não é uma pessoa diferente. Quem é? Eu não sei. Memórias passadas, arrependimentos, medos, desesperos e raivas me acertam em cheio o peito, ando tão confusa e pela primeira vez minha confusão não envolve estar dividida entre duas garotas. Não, gosto de uma, isso basta, não é recíproco e tampouco conhecido, mas vá, deixa-me brincar de amor platônico. A questão é que eu ando confusa comigo mesma, confusa sobre o que quero e o que vou fazer, confusa do que é real e o que não é. Só confusa sobre quase tudo, ainda guardo poucas certezas. Sei de quais amigos quero estar perto, sei de quem quero me reaproximar, sei muito bem do que me arrependo; eu só não sei o que eu quero além disso, tampouco do que eu tenho que fazer para que essas coisas que eu quero venham a acontecer. Estou louca, simples.

9 de dezembro de 2010

When angels cry blood

Ando sem cabeça pra pensar, sem paciência para nada, estou cheia de dores e não consigo dormir pela noite. Tenho medo de tudo, fico tonta com quase nada, meu peito dói o tempo inteiro e cair se torna algo bastante fácil. Penso, penso e novo e nem mesmo sei responder se eu estou bem. Claro que não estou, por que eu estaria? Claro que poderia estar pior, fisicamente falando, mas ainda sim. Há dias em que eu simplesmente gostaria de me esvaneser, sumir, dissipar-me no ar e acabar me tornando vapor, afinal, vapor se torna chuva e a chuva sempre é carregada para o mar. Sempre me indaguei que caminho tomar para esvair-me de tamanha natureza escura e cruel que me cerca, mas cheguei à um ponto em que até gosto da obscuridade e da melancolia, gosto da dor da nostalgia, gosto do sofrimento que causo à mim mesma. Ando esmorecida do mundo, de tamanha tristeza e tamanho tédio das coisas e das pessoas, me pergunto se não sou, assim como Álvares de Azevedo, entediada na vida, do mundo em si.

4 de dezembro de 2010

I'm not that strong, you know

Acabei de tomar um banho de chuva, cantando em plenos pulmões as músicas de Marisa Monte, estou extremamente feliz mesmo que sofrendo em partes, depois do momento "carnivália", me sentei molhada na varanda olhando a chuva caindo no pé de limão e calma toquei "João de Barro". Seu refrão é tão bonito e tão doce, o ritmo é melancólico, mas ainda sim, gentil. É doce, gosto disso em músicas, recomendo que todos escutem. Agora escuto "Better than me" do Hinder. Detesto ter que escrever essas coisas assim. Escrevi um texto enorme para que uma única pessoa fosse ler e mudei de idéia, que mal faz guardar algo dentro de si por mais um tempo, certo? Certo. Agora toca "Só hoje", do Jota Quest. Combina com esse clima louco, combina com a cor do céu e combina com ela.

"Hoje preciso de você, com qualquer humor, com qualquer sorriso
Hoje só tua presença vai me deixar feliz.Só hoje"

Eu sempre faço as coisas certas nas horas erradas, assim como na música. Eu já fui a causa das suas noites sem sono? Acredito que não, mas espero que sim. Não que goste de sua dor, só queria saber qual parte de mim ainda é viva em ti. Espero que exista alguma, ainda. É. Eu gostaria que fosse verdade. Não estou bem hoje, estou louca na verdade. Confusa, meio acuada, bicho teimoso e perigoso, feito leão no circo quando fica velho e inofensivo, só querendo um cafuné e uma paz dentro de si. Sei que errei, e não errei pouco, errei muito e errei feio, mas essas coisas são necessárias. A gente precisa errar e perder pra saber o que nos é de valor e tentar, de alguma forma, ter de volta. É tarde demais pra lembrar e estar disposta a mudar o passado? Eu espero que não seja.

27 de novembro de 2010

Sigue ardiendo

Y estoy sintiendo en mis adentros
Como el fuego no se apago...



Sabe, eu sempre achei essa coisa de arrependimento uma coisa tremendamente vaga, sempre disse à mim, aliás, prometi para mim mesma que só deveria me arrepender do que não foi feito. Hoje vejo que é impossível manter essa promessa, me tomando a honra toda. Eu me arrependo sim de algumas coisas que acabei por fazer, mas mantendo em partes a promessa, me arrependo ainda mais das coisas que eu não fiz quando quis fazê-las, quando era certo de serem feitas, me arrependo de não ter vivido o que eu supostamente deveria. Adoro o sabor amargo do café puro e forte, entretanto, o amargo desse arrependimento me cega os olhos e me trava a garganta de tal maneira que me perco. A única coisa que me dói mais do que esse arrependimento é a dúvida entre o pensamento de ter agido errado e estragado tudo com uma atitude sem perdão ou a idéia de que talvez isso tudo que aconteceu foi necessário como uma espécie de teste. De toda maneira, o que eu mais odeio em tudo que estou sentindo agora é a lembrança do seu toque e do seu sorriso, que me arrastam até você quando eu mais tento te esquecer. O que posso dizer é: Coração, você está demitido e acima de tudo, com justa causa. Isso se ele sair sem levar um processo.

20 de novembro de 2010

Lonely Hearts Club Band

"Trouble is her only friend and he's back again / makes her body older than it really is
(...) I'll carry you home / if she had wings she would fly away
(...) as strong as you were, tender you go / I'm watching you breathing for the last time.
A song for your heart, but when it is quiet / I know what it means and I'll carry you home"  

Estava ouvindo Queen e resolvi ir escrever pra tirar a cabeça do mundo terreno, e por incrível que pareça, pela primeira vez não funcionou. Mudei a música, agora para Carry you Home de James Blunt que já começa com uma frase à se pensar, e inclusive, cujos trechos coloquei no começo do post, "if she had wings she would fly away", ou seja, "se ela tivesse asas ela voaria para longe"... De fato, isso se aplica em mim. Por alguma razão, ultimamente vem se tornado insuportável viver, insuportável de respirar e manter-se vivo, torturante de pensar, completamente assassino à mente. Aos poucos, termina por se tornar letal até para si mesmo, uma arma contra seu corpo já adoecido pelo tempo e pela depressão, sua fragilidade é a única coisa verdadeira que você consegue ter e todo o resto é imagem virtual de mil e um espelhos refletindo a mesma imagem aterrorizante de você. Uma pessa destruída, triste, infeliz, quebrada por dentro, prisioneira dos próprios demônios, vivendo no escuro. Em hiatus.

19 de novembro de 2010

Nobody knows it but me

Sabe, quando se está triste é quando se melhor escreve, por mais que sempre digam "se acalme e pense bem depois", deveriam de ouvir quando se está triste e no ápice de sua loucura, pois é quando se vê as coisas com mais clareza ao ponto de dizer tudo que pensa, ao ponto de ter coragem de fazer o que você realmente quer ou acha melhor. O que te doeria mais vindo da pessoa que você ama? "Eu não te amo mais, me deixe ir", ou um "Eu te amo, não quero, mas eu preciso ir embora agora..."? Sempre me disseram que a indiferença da pessoa de quem gosta pode matar e é a maior dor que se pode ter, mas eu tenho uma teoria provada de que não é verdade. A maior dor é ver a pessoa que você mais amou no mundo passar ao seu lado, você notá-la e virar o rosto fingindo nem mesmo conhecê-la, ter que vê-la e tratá-la como uma pessoa estranha. Algumas coisas vem na cabeça, você se arrepende, mas no fundo, não mudaria nada, pois é isso que fez você mais forte de um certo modo, é isso que te faz triste e tornou tudo um inferno agora, mas ainda sim, é o que te elevou aonde está, pois precisava ter acontecido. Eu acho que estou louca.

Mp3: Lips of a angel, Hinder.

6 de novembro de 2010

"Deixa eu brincar de ser feliz...

... deixa eu pintar o meu nariz"
Los Hermanos, Todo Carnaval Tem Seu Fim.
 

Sabe, eu fico tão depressiva ouvindo essa música, fazendo uma análise de cada frase, escutando-a repetidas vezes, adivinhando as frases seguintes. Para aliviar essa dosagem exagerada de drama, volto para 2007 e escuto D'Black com a música 'sem ar', ainda mais triste, mas ainda sim, não tão impactante em mim quanto a anterior. Me inspiro para escrever e nada vem na mente, a parte ruim de ficar triste é quando as pessoas ao seu lado resolvem notar e se angustiar com isso, toda a angonia dentro do meu peito não é páreo para a dor que essa empatia me causa. Não é que a solidão seja boa, só é o melhor quando se deve dividir ou causar dor da pessoa do seu lado. Ela está aqui, isso é bom, mas ainda sim, pensar que a machuco, com toda essa insanidade e imensa melancolia em mim, é como morrer e ainda sim, a quero por perto e honestamente, não sei o que faria sem ela do meu lado. Ivete Sangalo, Deixo, linda a letra por mais que eu não seja grande fã das músicas dela. "(...) Quando a noite vem / fico louco 'prá dormir / só pra ter você / nos meus sonhos / me falando coisas de amor / Sinto que me perco no tempo / debaixo do meu cobertor / Eu faria tudo / prá não te perder / assim / Mas o dia vem / e deixo você ir" Acho que são poucas as músicas que podem explicar melhor os meus sentimentos. Pesadelos mesmo que torturantes ainda sim são bons pra tirar a cabeça dos problemas se uma face conhecida e agradável estiver por lá. A verdade é que estou infeliz e são poucos os momentos em que consigo espantar isso, e ultimamente ando confusa sobre sair do meu mundo, quando saio só me firo, não vale a pena então, mas ainda sim, sempre faço. O risco de se machucar, de se perder é sempre tão grande quanto o de deixar de ter medo da luz, acredito, então é, no final das contas acaba valendo a pena de um jeito de outro.

26 de outubro de 2010

E deixo o cansaço ganhar

Loucura segundo o dicionário Pribreram da Língua Portuguesa:
"1. Alienação mental;
2. insensatez, imprudência;
3. extravagância;
4. doidice, acto descontrolado ou irreflectido."

Acredito que seja impossível escrever um livro sobre loucura sem acabar, em parte, enlouquecendo com ele. Na verdade, acredito que seja uma loucura o que acabei de dizer, pois afinal de contas, eu sou a louca que está contaminando o livro inteiro. A cada dia que passo, mais arranco os fios de cabelo da minha cabeça de tanta agonia, a cada noite que viro me sinto enlouquecer ainda mais. São 06:12 da manhã e eu deveria estar dormindo para acordar em dezoito minutos para me vestir e ir assistir uma aula - que não faço há tempos - de forma digna e bem disposta, entretanto, não consigo nem mesmo disfarçar a falta de sono ou pensar em uma boa desculpa para dar aos meus pais para poder faltar na escola. Como assistir aquelas aulas insuportáveis sem dormir ou sem cometer homicidio seguido de suicidio eu me pergunto. Como? Como aturar pessoas que detesto, pessoas que não conheço? Pessoas que ao contrário de mim são de verdade, de carne e osso e não de tinta e papel? Pessoas que fazem barulho? Me enoja tanto este pacto demoniaco que tratei de fazer comigo mesma. Uma anotação mental, uma vontade gigantesca de tomar café e uma música melancólica tocando no pc, triste fim para uma mente tão fracassada. Sabe, é mentira quando dizem que todos têm o mesmo potencial, é uma grande mentira.

2 de outubro de 2010

derrière l'écran

Já se sentiu totalmente sozinho mesmo que estivesse rodeado de pessoas e motivos para estar se sentindo bem? Todo mundo já teve a sensação de solidão e vazio, mas somente quando tem motivos para sofrer assim. Eu sofro, mas não consigo encontrar a razão para tamanho sofrimento, é como se eu estivesse sugando a tristeza alheia, tomando do mundo seus males e chorando por eles. Realmente não sei a razão de estar me sentindo assim. Não quero estar perto de ninguém, e quando estou, não quero que vão embora. Minha vontade para fazer as coisas parece ter sumido, levantar e fazer o que antes me dava prazer, agora é uma tortura, é dificil demais. Levantar-me e abrir as cortinas, deixar o sol entrar, dói, machuca. As pessoas que mais me eram importantes, andam tão indiferentes que eu tenho até mesmo nojo de estar perto delas, e por algum motivo, continuo sendo falsa e mentirosa ao ponto de insistir para que continuem perto, por puro drama, por pura vontade de lhes ferir com a frieza. O estranho é que eu estou feliz quando perto Dela, de alguns poucos amigos, mas a tristeza, a solidão, o vazio e a dor me dominam quando estou só. Eu não consigo ter sensação alguma quando sozinha, nada parece importar ou existir no meu mundo. Só quero escrever, tomar meu café e ver a chuva batendo na janela deste quarto frio...

20 de setembro de 2010

Detesto

"She is everything I need that I never knew I wanted
She is everything I want that I never knew I needed"

Vamos
para a minha lista de coisas que eu detesto neste dia fatidico, comum, estressante e tedioso. Começando por este blog, eu o amo, mas odeio não ter nada para escrever nele e abandoná-lo por consequência; me odeio por escrever esses posts inuteis nele e não parar nunca. Agora indo para meus hábitos, odeio me forçar a comer frituras até passar mal só porque estou com raiva. Detesto ter que virar a adulta e madura em tudo de um dia pro outro e lidar com a pressão que jogam em cima de mim por isso. Odeio não ter assunto nem paciência pra falar com ninguém. Abomino o fato de sentir tanto a falta de alguém ao fato de ficar esperando-a e ela nem mesmo aparecer. Odeio mentir pra uma pessoa só para não magoá-la. Me odeio por estar fazendo todas essas coisas e as aceitando, mesmo odiando e sofrendo por isso, sem mudar nada. Me sinto mais uma adolescentezinha de onze anos idiota e obesa dos Estados Unidas vitima da alienação capitalista. O que eu mais detesto? Eu mesma e estas saudades loucas, compulsivas e crescentes em mim, fato.

mp3: she is, the fray

13 de agosto de 2010

Oh, why can't you see?

"1. Lembrança grata de pessoa ausente ou de alguma coisa de que nos vemos privados.
    2.
Pesar, mágoa que essa privação nos causa."

Sabe, eu simplesmente odeio essa tal de saudade, digo, às vezes ela é boa e faz com que encontros sejam mais deliciosos do que de costume, mas em noventa por cento das vezes não passa de só mais uma angústia crescente e louca no peito. Recordações que de tão boas chegam a arder e doer no peito causando uma vontade enorme de arrancar o coração dali e mandá-lo para longe evitando sentir algo mais. Mas afinal, o que é mesmo sentir falta de alguém? É sentir seu cheiro por todas as manhãs? Revirar-se na cama procurando aqueles braços quentes e deparar-se com uma parede fria? Ouvir o tocar da campainha e correr até o portão esperando ver aquele par de olhos brilhantes e se topar com a vizinha? Sair correndo para atender o telefone esperando aquela voz de veludo mesmo sabendo que ela não vai ligar? Se pegar ouvindo lindas músicas e olhando pra janela vendo aquele céu azul da cor exata dos seus olhos e pensar "como seria bom se ela estivesse aqui agora"? Rir ao se lembrar de piadas idiotas? Chorar por estar sozinha? É, talvez isso seja sentir falta. Eu sei que desses sintomas, eu tenho outros mais e poderia passar dias escrevendo-os aqui, mas me poupo das palavras dizendo um simples: Sinto saudades.

Mp3: "I'm not gonna teach your boyfriend how to dance with you", Black Kids.

7 de agosto de 2010

Flor de cerejeira

É de fato que não ando dormindo bem ultimamente, para ser franca, há mais de uma semana não consigo dormir. Pesadelos, faltas de ar, solidão. Simples e sem maiores explicações. Durmo pouco e acordo dolorida e mais cansada do que quando me deitei, fico tempos e tempos na cama olhando o teto e mirabolando quantas ondas cada pequeno trecho daquela madeira fina tem. Chego à conclusão de que não existem ondas ali e volto a buscar algo em que pensar. Lembro-me da escola e me visto rapidamente esquecendo a famosa vaidade, vestindo a primeira coisa que vejo pela frente se ela for me esquentar. A rotina me mata aos poucos assim como o tédio e a falta de inspiração. Aonde estão as tais musas inspiradoras de quem tanto me falam? Não encontro nenhuma disposta a me causar devaneios loucos de suar o travesseiro ou simplesmente causar o suspirar entre os vermelhos e finos lábios meus. Então paro e me dedico às flores de cerejeira. Delicadas e belas da forma mais singela e simples possível, tão serenas.

23 de julho de 2010

E mai nessuno capirà

"Há dias que eu gostaria de ser como o vento. Só desejo ser como o vento. Se eu pudesse ter o controle da gravidade para poder voar nos céus. Esse é meu desejo. Eu acho que nesses dias estou tentando fugir do meu destino, (...) o vento sopra com força. (...) Só o que queria nessas horas era fugir do meu destino, pratiquei todos os esportes que existem, ninguém conseguia me vencer, (...) tudo me parecia tão distante que conseguia notar o tempo, só o que me importa são os carros de corrida, eles significavam tudo pra mim até conhecer Michiru, e foi aí que percebi que ela era quem eu estava procurando e que ela sabia quem eu era (...), mas sentia que a hora se aproximava, tudo mudaria num piscar de olhos. (...) E por isto escolhi este caminho (...) Não posso voltar atrás agora, não agora que a batalha final está próxima."
Haruka Tenoh, Sailor Moon.

Imbranato.

Acordei me sentindo quebrada, não tinha sono algum, mas não queria levantar. Queria continuar caída naquela cama sem me lembrar de nada, queria voltar a dormir e a não pensar em simplesmente coisa nenhuma, queria deitar e não levantar mais. A droga do celular tocando alto me fazia querer vomitar, quem era? Minha avó ligando para checar se ainda tinha créditos no telefone de casa. Uma vontade absurda de jogar no chão aquele maldito pedaço preto de tecnologia me subiu pelas veias, revirei os olhos e voltei a tentar dormir. Sem sucesso, liguei o rádio e coloquei-me a ouvir músicas cafonas que com certeza não me fariam mais feliz. Uma coisa que sempre vi em mim, quando assustada, amedrontada, triste e magoada, eu nunca fico "irritável", eu fico irritante tentando parecer o mais feliz possível. Uma euforia maluca me cresce, uma infantilidade louca, reflexo de toda a vontade de gritar alto amaldiçoando a Terra por todas as voltas que dá me fazendo cair. Choros e risos exagerados a cada instante, palavras que machucam, que enraivecem até o último pedaço da alma. Calafrios, uma vontade de deitar na cama, fechar as janelas, excluir toda a luz possível do dia, botar uma música cafona no rádio e olhar pro teto pensando no quanto as coisas não fazem sentido algum. Odeio tudo isso. A espuma branca do leite vai se escurecendo com o café que se mistura lentamente com este, ambos quentes de me queimar a garganta, exatamente como gosto. O céu de azul vivo, mas escurecido como se coberto por mil nuvens cinzentas, me lembra o quanto tudo é repartido ao meio, o quanto tudo é tão contraditório e até mesmo relativo. Vicio maluco que me atormenta em cada canto, cada detalhe e cada lembrança me traz a minha loucura. E ah! Como eu odeio espelhos. Eu estou em casa, não me mudei, não sai do lugar, mas ah, como queria poder voltar pra "casa"! Let me go home...

21 de julho de 2010

Quando me perguntam

O amor é. Ele simplesmente É! Não podem fazê-lo desaparecer, é a razão de estarmos aqui. É o topo da vida. E, quando você chega ao topo e olha para todos lá em baixo está preso nele para sempre, pois se tentar mover-se, você cai você cai...”.
(Assunto de Meninas.)

12 de julho de 2010

O Choro Lupino

Estava tudo coberto de neve, havia lobos em toda parte ao meu redor, não podia vê-los, mas podia sentí-los me observando com aqueles olhos perfeitamente dourados. Eu sentia tanto frio, mas não me importava, meus pés descalços não faziam a menor diferença. Ao correr podia sentir os galhos arranhando e rasgando minha pele, me cortando. Quanto mais rápido eu corria, mais rápido eles vinham atrás de mim, uivavam tão alto e de forma tão sombria que pareciam um só grito. O som de água corrente me assustou e me confundiu, como podia existir água sem que ela se tornasse gelo em meio ao frio extremo? Deslizei pelas pedras caindo na água e lá estavam eles atrás de mim, me senti quase cair em meio aquela água fria, mas simplesmente me virei para trás. Aquele vento forte e cortante me passando pelo rosto e cabelo, foi então que encontrei um sorriso em meio a toda aquela escuridão. Os uivos pareciam se tornar choros agora, lágrimas desciam pelo meu rosto e eles pareciam compartilhar a dor que eu estava sentindo. Medo, solidão, tristeza, uma vontade de cair e me deixar levar por aquelas águas... Aqueles olhos quase prateados pareciam os de uma fera tão cruel quanto a própria noite, mas aquele sorriso doce e aquela mão estendida em minha direção me deixaram confusa. As lágrimas corriam e lá eu estava observando aquela figura pálida sob a luz da lua, imóvel. Eu deveria ou não ir com ela? Era só um sonho, ou um sinal? Queria conseguir continuar correndo.

7 de julho de 2010

Do papiro para o blog

Sabe, analisando minha infância, acabo de constatar que toda garota já teve um diário, nem que seja um daqueles diários pequenininhos da Barbie comprados no "1 real", ou uma matéria separada no caderno aonde eventualmente escreve suas maluquices e loucuras, loucuras das quais ninguém pode nem mesmo saber, sentimentos que todos são proibidos de ler. Geralmente são coisinhas bobas, às vezes só comentários como "minha aula foi um tédio hoje" ou "ai ai, como a fulana estava bonita hoje", mas vamos admitir que ler o diário de alguém é uma das maiores realizações do ser humano, o animal mais curioso e "xereta" da história. Infelizmente, todo mundo cresce e acaba ganhando um bendito computador (a razão de todos os meus vicios e o motivo das minhas noites mal dormidas de sábado), larga o diário em um lixinho e acaba criando um blog, aonde compartilha cada gotinha de pensamento e sentimento que guarda dentro de si. E se posso dizer, os diários são a maneira mais "divertida" de se conhecer as pessoas usando de uma leitura agradável. Agora, parando de enrolar um pouco, divulgo o blog da minha anja sem asas: http://likewannabee.blogspot.com/ o "Mundo de Ilusões". Tá no começo, mas ainda sim promete leituras agradáveis e bons links para quem curte fanfics dos mais diversos "contos da carocinha". Afinal, é uma delicia ler o diário dos outros.

5 de junho de 2010

Mergulho fundo

É irônico como o lugar favorito de uma fã da cidade não passa de um pedacinho de grama no meio do nada. O céu mais lindo que já viu, o mais estrelado e o mais azul. A grama mais viva a macia, os sons mais calmos e mais ritmados que já escutou. Aquelas águas violentas que conseguem compor a música mais bem composta do mundo, aquela cor incrível. Olhos de fera que são os mesmos olhos da mãe carinhosa. A solidão que é não estar sozinho hora alguma. Liberdade, serenidade. Celulares, secadores, televiões, jornais, problemas, tudo isso vai indo embora simplesmente, como uma roupa que se tira do corpo violentamente. O corpo cansado dá espaço pra mente aberta e descançada, tudo que era doente agora se cura em questões de segundos. Sente-se mais em casa ali do que em qualquer lugar, é o seu pedaço de paraíso entre água e montanhas, é o tocar do orvalho sobre seu rosto na manhã fria. É a barraca molhada que esfria e aquece, é a risada dos pássaros que te acorda, é o sol mais bonito que você já viu indo e voltando também. É a maior e mais brilhante lua, são as mais belas estrelas do céu. Música boa, vista linda, calma... Paz, finalmente.

1 de junho de 2010

Prisioneira

A verdade é que deixei isso aqui por não saber mais o que escrever, por não conseguir mais fazer nada. Hoje simplesmente busco como refúgio meus desenhos e meu caderno de textos. Ultimamente nada anda fazendo sentido, me sinto fraca, a vontade é algo que me falta, o escuro se tornou bom por não me mostrar a realidade, a luz me assusta. O silêncio não incomoda, mas sim a não existência de voz alguma, eu não me escuto mais, eu não escuto mais ninguém, eu não me reconheço aqui mais. Eu falo e faço, mas sinto como se tivesse outra pessoa dentro de mim me manipulando, sou eu e ao mesmo tempo não sou. Aquela pessoa no espelho, repentinamente me parece tão mais feia, mais gorda, mais suja, mais estranha, não sou eu. Nada mais consegue fazer algum sentido e eu pareço viver em um mundo paralelo ao real, aonde existem somente fantasias que eu mesma criei pra fugir de mim mesma. As pessoas riem, me chamam de louca e eu nem me importo mais. Eu não sou louca... Mas não me sinto sã. Eu estou em vazio completo. Do inglês, tiro o termo "hiatus", que significa vala, fenda, brecha e até mesmo vazio. Sonhava tão alto, agora o baque da realidade é mais do que eu posso suportar de mim. O frio nem faz diferença mais, poderia morrer de hipotermia sem me preocupar com nada. A dor não é nada quando me machuco, é bom, é gostoso sentir aquela coisa vermelha escorrendo, saboroso quase. Tudo se tornou cinza, não existe mais cor alguma em minha vida, só há uma, mas ela sempre se coloca fugindo de mim. O vento é meu melhor amigo, nem o relaciono com Wind mais, ela não é nada. O céu não faz diferença mais, é sempre escuro, sempre nublado e sem estrelas. Me deito para ver a lua às 20:00pm, às 6:20am me dou conta que o tempo passou e ainda acho que são 01:00pm somente. O termometro marca 13ºC, eu estou sem agasalho nenhum, só com um cobertor fino por cima. Me levanto sem vontade e tomo banho de água fria no escuro, seco o cabelo de qualquer jeito e saio de toalha pela casa molhando o chão limpo. Entro em meu quarto abafado, me visto de qualquer maneira e me olho no espelho. Tantas olheiras, olhos tão escuros e vazios... O cabelo outrora vivo e sedoso agora é ralo, seboso, sem cor ou vida; minha pele se tornou pálida, cinzenta, pegajosa;  os braços que antes erguiam televisões 29' sozinhos, agora não erguem um som de 3kg. A mais aplicada aluna agora não escuta nada, não consegue se concentrar ou pensar em nada, nem decorar nada. Vaidade, estudos são nulos. Não me lembro de mais nada, só de chorar no escuro e ter pesadelos. Queria, sinceramente, morrer para fazer isso parar, pois se não o parar, vou acabar me matando aos poucos sem ver como já faço.

25 de maio de 2010

O tal do amor...

Já teve a sensação de que algo está faltando em você? Como um vazio enorme que se torna completamente impossível de completar? Um rabisco feito à lápis que mesmo quando é apagado continua ali? Acho que nunca senti meu coração batendo tão lentamente. Nunca senti tanta dor quando respiro, tamanha agonia ao abrir os olhos, é como se eu tivesse uma pedra enorme no peito. Eu passo todas as noites em claro agora, e quando vejo o sol nascer sinto que o tempo não passou realmente, é aí que me levanto de minha cama e vou tomar banho. O frio não me incomoda, a água gelada logo cedo também não. Me enxugo e me visto sem nenhuma vontade de parecer "bem", limpa ou até mesmo bonita. Amarro o cabelo de qualquer jeito para evitar ter que penteá-lo, jogo minhas coisas dentro da bolsa desorganizada, pego as chaves e me arrasto até a escola. Chego lá e me obrigo a sorrir para todos que comigo vem falar, me forço a rir e responder "estou ótima e você?" quando me perguntam como estou. Estou cercada de amigos que se importam, que me fazem rir, entretanto, eu não consigo deixar de me sentir sozinha. Passo os três primeiros horários praticamente dormindo, eu estou lá olhando para frente e em silêncio, resolvo os exercícios pedidos, sorrio com as piadas sem graça que os professores fazem, mas não presto atenção alguma. Tudo é branco e preto; branco, preto e cinza somente. Aí chega o intervalo, todas aquelas pessoas parecem sumir e dar passagem somente à ela com aqueles olhos tão estupidamente castanhos e brilhantes, aquele sorriso timido e gentil, aqueles passos calmos e delicados, aquele cheiro suave quem mesmo distante invade meu nariz. É quando seus olhos batem nos meus, é irônico como só ela possuí uma cor em toda aquela multidão, como todos viram vultos e giram ao seu redor desaparecendo, deixando que somente nós duas existamos naquela pequena fração de segundos aonde nossos olhos se encontram. Então ela sorri simpática ao me ver e se vai, é aí que tudo volta ao pesadelo real que era antes... Eu diria algo se pudesse, entretanto, tenho medo de perder seu sorriso, medo de perdê-la de vez, medo de me arriscar. Medo dela.

4 de maio de 2010

"hoje contei pras paredes..."

Conhecida e clichê, "Amor I love you" de Marisa Monte. Já notou que por mais que amemos alguém que nos machuca, continuamos amando essa pessoa e querendo o seu bem? Algumas vezes até mesmo o seu regresso se torna uma vontade maluca em nossa alma, uma necessidade e uma fantasia doentia que muitas vezes não possui base alguma. Às vezes queremos pensar que aquela pessoa que tanto nos magoa é uma perfeita canalha, que ela simplesmente não vale nada e que estamos melhor sem ela. Mas é aí que acordamos. Você vê que ama aquela garota, você vê que ela é o motivo de você estar caminhando todos os dias. Você finalmente enxerga que se você a ama algo deve ter visto e ela não pode ser tão ruim assim quanto você pensa que ela é. Consegue ver que o que importa não é o "estar ali do lado", não é aquela paixão louca de bagunçar e arrancar os lençóis de uma cama. O que é realmente importante é ter aquela pessoa mesmo que tudo te separe dela, aliás, nem sequer tê-la, o simples saber que ela está bem já enche seu coração de alegria. Você nota que se ela está com outra pessoa é porquê você não a fazia feliz mais, então você finalmente consegue sorrir, mesmo que chorando, e se sente completa por ver que aquela pessoa que você ama achou alguém que consegue fazê-la mais feliz do que você. Não é algo que se entenda, nem algo que se aceite de primeira, mas é algo preciso. Dizemos coisas horríveis, trocamos ofensas e gritamos alto até mesmo com pessoas que não tem nada a ver com tudo aquilo, mas vemos o erro. Não é imaturidade tentar lutar por um amor, mas é imaturidade não conseguir ir embora. O mar admite que toda aquela revolta não adianta em nada, então finalmente se acalma e sorri olhando para o céu, o céu pode estar ali com a lua agora, mas ainda sim deixou suas estrelas enfeitando sua areia branca. É hora de fazer as malas e ir embora. Admite-se a saudade, mas para que chorar? Ela ficava tão linda sorrindo. Então você vai embora, talvez volte de saudade implorando por uma chance, pedido ignorado, mas de que importa? Não seria você se não tentasse. Novamente me entrego ao clichê e cito a famosa frase "Amo a liberdade, por isso tudo que possuo deixo livre, se voltarem é porquê as conquistei, se não, é porquê nunca as possuí".

30 de abril de 2010

Magic Works

Eu sempre tive aquele maldito medo de não saber ajudar alguém que realmente precisasse de mim. Aquele medo maluco de não conseguir puxar aquele amigo pra cima quando ele estiver caindo do penhasco. Admito que estou na fase mais negra da minha vida, a mais escura, a mais fria, a mais apavorante, mas admito também que nem quero acender a luz e ver a realidade. Sabe quando tudo que estava bem irônicamente começa a dar errado? Você vê aquela pessoa que amava como a pior pessoa do mundo agora que a máscara de mentiras dela caí, você vê que seu corpo não está tão bem quanto pensou que estava, que seus parentes nem sempre são uma família, você tem que encarar a morte como uma mera formalidade e pagar um caixão do nada. Dai você acaba falando com aquele seu amigo que você conhece há anos, que é quase um irmão pra você e vê que quando se chega ao fundo do poço, o único caminho é subir. Mesmo quando você acha que perdeu aquelas amizades antigas, acaba vendo que eles sempre vão estar ali, não importa o que você faça ou quanto tempo tenham ficado longe um do outro, nada realmente mudou lá no fundo. A pior parte é quando você está mal e aquele seu amigo também está, é aí que você consegue ver que a amizade é de fato o maior sentimento que se pode ter por alguém, ainda mesmo maior do que o amor por uma namorada (ou namorado, que não é meu caso). É um amor forte e tão inabalável, tão forte e tão sábio, paciente e maduro, anistia tudo e sempre está ali sem que você note. Então daquele poço de onde está você vê aquela pessoa do lado e junta as mãos sorrindo "vem, eu te dou pézinho". Você consegue ver que só vai estar feliz se eles estiverem bem também, então encontra uma força até então desconhecida por você, uma força enorme capaz de resolver tudo, aquela força que eles não têm e precisam que você tenha, uma força que você só tem por eles. Você consegue enxergar que aquela luz se chama carinho e que aquela força vem da lealdade, da confiança, do respeito e do AMOR que sentem pelo outro. Não sou louca ao dizer que trocaria o amor dos meus amigos pelo amor de garota alguma. Pois quando eu caio são eles que me levantam e somente eles querem o melhor pra mim, só posso confiar plenamente neles e só consigo amar tanto um alguém como eu os amo. E não há "amor maior" para que se matem, é um único amor que dividi entre eles de maneira igual. Nem brigo quando digam "eu te amo mais", pois sei que amamos igual em vista de que nutrimos um sentimento único, só nosso. Não discuto quando outras pessoas falam que não é algo normal, pois ninguém entende ou sente a mesma coisa que eu. Não acho que minha alma gêmea seja uma só pessoa com quem deva passar minha vida toda, com quem planejo filhos. Não. Tenho várias almas gêmeas e elas têm nome, são meus amigos, MEUS, só meus, assim como eu sou toda deles.

Um obrigada a Gabriela Mello, Bruno Monezzi, Hugo Araújo, Eduardo T. Cintra, Denize Reyes, Jaqueline Ribeiro, Yago Mendes, Rafael Silva, Daniela B. e Alexandre M.; porque eu poderia até procurar, mas jamais encontrar alguém melhor do que vocês. Eu os amo demais. Jamais se esqueçam. Obrigada por me apoiarem agora que eu mais preciso de vocês. Minhas estrelas.

27 de abril de 2010

Olhos de fera

Saudade, como não senti-la? Seja uma saudade crônica de algo que aconteceu e foi tão bom ao ponto de deixar marcas, seja uma saudade de alguém que te fazia rir, seja uma saudade de algo que nem sequer aconteceu ainda. Dor. Até as pessoas mais distantes de nós podem causá-la, aquelas pessoas que nunca vimos, mas que amamos... Essas são as piores, a dor que elas conseguem causar parece quebrar seu mundo em tantos pedaços que seria impossível colar de volta. Chorar. Um ato tão simples, tão bobo, mas tão cheio de significado. Sempre me disseram que se pode chorar por felicidade ou tristeza. Nunca chorei de felicidade, por incrível que pareça, até aqueles que eu mais amo sempre me fazem chorar. Traição. Todos dizem que traição é "pegar" outro quando se está namorando alguém, eu acredito que traição é esconder coisas, mentir. Amor. Se eu não o sentisse diria que não existe. Como uma pessoa que diz te amar precisa ficar com outras pessoas? Por que sempre fazemos papel de bobos acreditando que o amor pode ser reciproco?

15 de abril de 2010

Árvore secreta

Há tempos estou devendo este post, então aqui está ele dedicado totalmente à inauguração do blog da Cí ( http://outpouringsunimportant.blogspot.com/ ), Sunshine. Começarei com uma história tão antiga quanto o mundo, quase tão antiga quanto o sol. Desde o tempo da formação das estrelas, existia o mar, que sempre fora antigo e pensador, mas também existia surgindo ali uma ilha cheia de árvores. Entre as rochas que tocavam o mar estava uma árvore, a menor e mais frágil de todas ali, era também a mais jovem. O mar sempre pegava se perguntando o motivo de tantas folhas escuras amontoadas em um só galho, a árvore estava lhe escondendo algo. Decidiu tocar-lhe gentilmente com suas ondas e pode finalmente ver que aquelas folhas escuras e tortas escondiam a mais bela flor que já havia visto. Não era vermelha como uma rosa, delicada como uma violeta ou graciosa como um lírio, mas era tão única que chegava a brilhar, branca como as pérolas que o mar escondia, gentil como seu amante céu. Logo perguntou para a árvore o motivo de esconder tão bela criação, a árvore lhe respondeu que a estava guardando como presente para a deusa Ártemis, então o mar curioso perguntou como se chamaria tão bela flor, foi aí que a pequena árvore lhe respondeu "Cíntia". Foi ali que o mar percebeu que as mais belas coisas sempre seriam as escondidas, puras e feitas com real sentimento de amor, e aquela delicada flor branca provava isso.

13 de abril de 2010

Azul acinzentado

Com o passar do tempo a única coisa que consegui realmente aprender sobre blogs é que eu jamais vou conseguir manter um com posts regulares e diários. Sempre que começa a dar certo, algo me impede de escrever, seja a preguiça; a falta de inspiração; a falta de tempo... Nada ruma a favor de um blog organizado. Mas prometo que tentarei ser mais presente. Mas esquecendo as desculpas, volto para o meu post de hoje. Hoje acordei cedo, não tinha aula, logo não tinha nada para fazer. A casa estava vazia e fria, o céu estava nublado, o café amargo e quente. No tapete da sala, consegui ver Luna enrolada brincando com um boneco de plástico, aquele pêlo branco com manchinhas pretas parecia tão quentinho que nem me dei ao trabalho de lhe aquecer mais. Tomei uma golada de café e me forcei a enchê-lo com propólis, maldita dor de garganta. Liguei o P.C. e abri minha pasta de músicas, logo de primeira escutei os acordes de "Rocket", da banda Plastic Tree. Ótima música para dias com esse clima, ritmo lento, letra um pouco melancólica. Combina com o café. Comecei a escrever mais algumas partes de meu livro, o som de "Tears and Rain", cantada por James Blunt, me invadiu os ouvidos, boa escolha para dias frios novamente. A vontade de ler Dorian Gray me invadiu a alma e isso era fato. Às vezes gostaria de ser imortal como ele, poderia passar a eternidade fugindo de espelhos para ter o prazer de ver as pessoas indo e vindo sem sequer aprender com seus erros. Isso pode soar um pouco anti-social, talvez o seja. Talvez eu goste um pouco da solidão que se encontra entre essas paredes brancas. Me faz pensar melhor nas coisas. Entretanto, só eu sei como aqueles olhos esverdeados poderiam fazer a diferença nessas horas. Como se pode sentir falta de algo que, tecnicamente, nunca se teve? Droga de melancolia, droga de céu distante.

21 de março de 2010

Sol

É, novamente estamos aqui. Novamente abandonei o blog. Deveriam me pagar para não escrever aqui, eu ganharia um dinheiro bom com isso. Sabe o que eu odeio? Noites quentes. Talvez por isso esteja gostando tanto desta, fria, escura, silenciosa, sem estrelas ou nuvens... Só a lua e eu. Ultimamente ando pensando demais no "medo". O que é medo afinal de contas? Não é tão dificil assim de se explicar quando sentimos medo, mas é completamente estranho de se decifrar. O medo é uma virtude dos acomodados que o usam como desculpa. Eu, particularmente, ouso dizer que não tenho medo de nada, acredito que sempre que realmente lutamos por algo não há nada a se temer, pois afinal, nada é impossível. "Morte". É, a morte é algo que assusta, mas é só por ser novidade, se encararmos ela como uma aventura não há motivos para se ter medo. A morte é só o começo da jornada e só se entende isso quando realmente se está aberto a opções. O egoísmo é útil nesse ponto, temos que pensar em nós esquecendo a sociedade ao redor para podermos realmente concluir algo. Devemos parar e analisar "É isso que eu sou? Que eu quero? É realmente isso que desejo fazer? É este o mundo em que quero viver?". Me cansa muito ter que ver em todos os lugares aonde vou pessoas fazendo de sua vida dramas dignos de Shakespeare, nada é imutável, pelo contrário, tudo acaba se transformando naturalmente. Ficar preso à uma realidade é pura escolha das pessoas que tem medo de sair dos seus casulos de conforto. O que seria do seu jardim se todas as borboletas tivessem medo de sair de suas "casinhas"? Seriam apenas pedaços de mato, pois se as borboletas tivessem medo de sair, as flores também teriam de desabrochar. Todos precisamos de um tempo para pensar antes de realmente abrir o casulo e mostrar ao mundo as cores em nossas asas, porém, não devemos esperar demais. A última flor que desabrocha é sempre a mais bela entre todas as outras, entretanto, ela perde sua cor e brilho se resolver sair durante o inverno. Não deixe a primavera passar. Se desapegue de medos e acomodações, sua vida está mal? Só vai piorar se continuar deitado no escuro reclamando da falta de luz. Lute por algo bom. Se está perdido na floresta e se depara com o caminho norte e com o sul, por que não se enfiar no meio do dois e fazer você mesmo seu caminho? Seja uma metamorfose ambulante e se recuse a ser sempre a mesma coisa, crie o seu mundo e mude-o até achar as cores que mais gosta nele. Quando conseguir viver para si e ser feliz, verá que lutar valeu a pena e que você não precisa de nada e nem de ninguém para ser feliz, só de você mesmo. Não deixe a onda te levar, volte para a praia e construa seu castelo.

5 de fevereiro de 2010

Voltando...

Pode-se dizer que eu abandonei isso aqui, fato. Posso até ver as teias de aranha penduradas pelo blog. Aulas, provas de começo de ano, falta de imaginação sobre o que escrever, isso tudo 'tá acabando com minha paciência e neurônios... Até sinto falta dos meus que foram torrados pelo calor dessa semana. É muito tenso estudar de manhã e passar calor no primeiro horário, talvez eu esteja na tal menopausa e não saiba ainda, bem, não talvez, eu acho que estou, é uma quase certeza. Bem, ontem passei a tarde tirando fotos da minha prima e do meu irmão, constatei que se tiradas com "jeito", as fotos na cozinha ficam até mais simpáticas. Analisando minha primeira semana de aula eu percebo que toda a empolgação da escola não valeu de nada, a escola continua chata e tediosa. E como sempre, tem um alguém no meio da multidão que de tão insuportável embrulha o estômago. Os professores, bem, sempre tem um que chama a atenção de uma forma negativa e os que te encantam, até agora não encontrei um que me irrite, mas vai saber, essas coisas são meio malucas. O calor daqui me frita o cerebro e me impede de escrever. O que basicamente diz: Não queria estar escrevendo agora e só escrevi pra postar algo no blog antes do final da semana.

27 de janeiro de 2010

Sonhos ruins

Sempre achei incrível a capacidade que algumas pessoas tem de colocar outras pra baixo tão facilmente. Algumas palavras soam como golpes, e sinceramente? Às vezes isso dá a impressão de que essas pessoas não sabem com quem realmente falam. Mas é fato que essas pessoas só agem assim com outras porque estas outras permitem, bobas e tolas. Mas mudando de assunto, novamente acabei abandonando isso aqui. Começo de escola é "tenso" (odeio essa gíria, arg). O começo de um ano escolar acarreta uma pressão enorme e vários outros problemas, fora do gostinho da frase "Preciso de férias" logo na primeira semana. É irônico como esperamos as férias acabarem feito doidos e quando nos damos conta, puff! Queremos férias! É todo aquele prazer de comprar um caderno de matéria novo e escrever em cada uma das divisões dele com aquele gosto de "É novo!". Entretanto, isso acaba na segunda semana. Já conhecemos todo mundo, todos os professores, já estamos abarrotados de dever, um teste surge, a matéria começa a fluir então nos perguntamos novamente aonde estão as férias que não chegam, até desejamos voltar pra série anterior. Para os que passaram de 'cagada' ou que ainda levaram matérias pra outra série, isso é pior, fica a pressão de "darei conta desse ano com a dependência?", e novamente largamos de mão, pegamos outra dependência e arrebentamos com o resto de chances de passar de ano, ou de sair de um grau pra outro. Mas a questão é, não agimos sem essa pressão. A pressão de chamar a atenção e querer ser melhor. Mas fazer o que? Que a disputa de egos comece! Bom ano galera! :D

24 de janeiro de 2010

Inevitável

Well, "galerinha da pesada", eu acabei abandonando isso aqui de novo, posso até ver as teias de aranha empoeiradas e velhas aqui, mas é, isso sempre acontece com os blogs por um tempo quando sua escritora se estressa, perde a inspiração e fica sem tempo algum até mesmo para respirar. Enfim, para compenssar os únicos - e poucos, bem poucos - que lêem meu blog, resolvi escrever um pequeno trecho do meu livro - esboço de livro - aqui. Mas é, deixando claro que as personagens e a história são de autoria minha e vão continuar sendo, okay? Então sem cópias.

Ondas no mar
Os olhos de Luna observavam atentos o movimento das nuvens no céu. Jamais entendi a obssessão que ela tinha por ele. Tão distante e vazio. Azul, simples azul. Torci meu nariz e voltei as minhas atenções à guitarra vermelha que tentava afinar. Bufei e foi quando ela riu baixo, arqueei a sobrancelha esquerda.
- Do que está rindo? - Perguntei finjindo não ter interesse.
- De você - Fez uma pausa - Fica linda torcendo seu nariz assim
- O que tanto olha? - Perguntei escondendo o rosto como se nada tivesse ouvido. Luna de fato conseguia me deixar envergonhada com um sorriso - Está há horas ai olhando o nada
- Estou nos vendo - Ela sorriu, aquele mesmo sorriso da primeira vez que a vi, tão lindo.
- Nos? - Perguntei rindo baixo, tão louca às vezes.
- É, nós duas Kimberlly... - Novamente suas pausas - O céu e o mar...
- E por que diz que... - Ela me olhou e eu senti que deveria ficar calada. Talvez por ter entendido no meu interior o que ela queria dizer. Só o céu tocava o mar e vice-e-versa.
Coloquei a guitarra sobre a mesa e fui até onde Luna estava sentada, a abracei por trás e deitei minha cabeça em seu ombro sorrindo de lado, sabia que a tinha, isso bastava. Como eu sabia? Simples, o céu e o mar jamais se separam.
Não precisávamos proferir uma palavra sequer, palavras sempre foram pouco pra nós. Aquele silêncio dizia tudo que eu sentia, e aqueles olhos escuros me respondiam na mesma intensidade.
Tudo estava bem e eu sabia que sempre estaria.

19 de janeiro de 2010

Gotas salgadas

A questão é, eu não tive um segundo pra escrever no Blog durante um período bem maior que uma semana. Falei com Gustavo ontem, foi legal, fazia tempo que não nos falavámos como nos falamos ontem. Criei um fotolog novo (www.fotolog.com.br/larissahms), pois o antigo me trazia lembranças ruins e me fazia lembrar que eu fico horrível com o cabelo vinho. Descobri que Danny tem um gato chamado "Danny" em homenagem ao Danny Jones, vocalista e guitarrista da banda McFly. Estudei história e física, aprendi que não se deve tentar misturar as duas em hipótese alguma. Mas de toda maneira... Me peguei pintando na manhã de segunda-feira. Desenhei um mar e um céu de espirais. Logo me lembrei, Haruka e Michiru. Me deparei com o dilema do mar, do vento, do céu... Do fundo. O movimento das ondas do mar movidas pelo vento me arrepiou tanto quanto seu toque no claro céu, que de tão distante, nos causa inveja uma vez que lá de cima vê tudo. A questão é que perante os redemoinhos do mar sentimentos acabam de estranhando e confundindo. Em suas espirais viajo pelo tempo e escuto risadas que talvez nunca tenham sido minhas, a voz não parece ser a minha, acabo por fim renunciando quem já fui e quem sou. Termino esta viagem selando as ondas espiraladas com o pincel que faz desenhos aonde água toca areia. Viajo novamente em pensamentos embaralhados em minha mente sem me preocupar com um regresso, pois novamente, volto ao meu mundo. E como o mar, há apenas uma coisa que pode me tocar quando mergulho nas águas profundas de minha mente. O vento que domina e controla as águas, o céu que lhe toca no fim do mundo.

8 de janeiro de 2010

O Conto de Luna

Boa tarde meus filhotes de urso panda. Hoje a inspiração bateu em minha cabeça como o vento gelado que sai do ventilado ligado ao meu lado. Hoje finalmente um projeto de crônica irá sair e dedicado à minha "gêmea Black boa", Gabriela Melo. Quero deixar claro que os Potter's são criação de J.K. e que este texto não tem nenhum fim ou lucro para mim, é só um passatempo bobinho e sem graça. ENTRETANTO, gostaria de dizer que as personagens Canis e Adhara Black são de autoria minha e de Gabriela, portanto, sem cópias, okay? Obrigado.
Pai
"Eu sempre soube que meu pai biológico se chamava Sirius Black, sempre soube que meus olhos prata eram os dele, sempre soube que o meu cabelo negro também era herança dele, mas a minha figura paterna mais forte tinha olhos castanhos e cabelos louros ligeiramente grisalhos. Seu abraço era quente e sua voz me acalmava. Era a sua mão que me segurava quando eu sentia que ia cair da bicicleta, e eu sei que a de minha irmã gêmea também era. Adhara era parecida comigo em poucos detalhes, "papi" sempre nos disse que eu era mais parecida com Sirius e ela com nossa mãe. Nunca soubemos o nome dela, nem tampouco queremos. Temos o papi e isso é o que importa agora. Quando Sirius foi preso éramos pequenas, mas me lembro do que aconteceu na época. Papi não queria nos dizer, mas no fundo eu sempre soube que tio Jay e tia Lils não tinham ido viajar, eu sabia o que estava acontecendo. Foi quando vi Harry no berço no quarto ao lado do meu e de Adhara - o irritante de ter uma irmã da sua idade é que vocês SEMPRE vão dividir o quarto, fato . Ele chorava alto e foi ai que subi em um banquinho e me aproximei de sua testa a beijando levemente "- Eu vou proteger você, prometo que ninguém vai te machucar de novo". Entretanto, Harry sumiu de minha vida de uma só vez e jamais vi aqueles olhos verdes de novo. Papi não falava sobre isso e bem, Adhara nem se dera conta. Sirius também sumira e uma coisa da qual me arrependo até hoje é não ter dito à ele que o amava e que apesar de sempre ver Remus como meu pai, o primeiro "pai" que disse não havia sido destinado ao velho lobo dourado, mas sim ao velho cão negro. Hoje chove muito lá fora. Papi toma seu café alegre com um sorriso bobo nos lábios, talvez por ter visto Harry de novo, talvez por poder ficar perto da gente agora que se demitiu de Hogwarts, eu não sei ao certo dizer. Adhara lhe conta animada sobre o novo namorado e pela primeira vez, ele só finge ouvir escutando aquele velho vinil dos beatles. Poderia apostar minha coleção de besouros que certo cachorro colocou as patas ali. Mas isso não importa agora, um fato que Adhara me ajudou a ver durante as aulas é simplesmente um: Eu sempre tive dois pais que amei e me amaram, e não me importa a distância, eu sinto os dois ao meu lado todo o tempo. E por mais que só houvesse uma mão me segurando quando caia de bicicleta, sempre existiram duas ali."
Então, esse trecho é de uma fanfic que estou escrevendo e dedico especialmente para a minha gêmea Black boa, minha eterna Adhara, Gabriela Melo. Gabs, você vai ser sempre a minha doida mais doida, a única que entende minhas loucuras e consegue escrever comigo sem rir de tudo que faço. Obrigada por existir na minha vida. Quantos aos outros leitores, espero que gostem.

7 de janeiro de 2010

Branco e âmbar

Sabe qual é o problema em ter um blog? Você sempre se depara com o seguinte tema "O que diabos eu vou escrever nele?" e acaba caindo naquele velho dilema aonde você não escreve nada e abandona o blog aos poucos ou o outro dilema, aonde você escreve qualquer porcaria e pronto. Eu acabo de me deparar com este dilema. Desde ontem minha criatividade anda indo e voltando como ondas no mar em um dia de chuva. Agora estou na mesa do computador feito uma idiota tentando buscar inspiração para escrever alguma coisa minimamente util. Estava vendo alguns trechos de Irmão Urso na Disney Channel, infelizmente tirei meus fones de ouvido no exato instante em que os comerciais mostravam uma propaganda de "High School Musical: O desafio", a versão brasileira e "tabajara" do musical norte-americano, que até hoje me espanta com tamanha falta de criatividade e talento. Incrivelmente, o Brasil fez o que eu julgava ser impossível, pegou uma coisa horrível e a tornou ainda pior, fato. Voltei aos meus fones de ouvido e nada de criatividade para escrever, bebi mais uma golada do meu leite quente com mel e voltei a forçar minha mente a pensar em algo legal para escrever. Pensei em escrever sobre cães, mas novamente parei para pensar e vi que não daria certo. Não entendo o clima de minha cidade, é quente com chuva o dia todo e quando chega de noite é um frio insuportável, tudo isso acaba mudando meu humor como nada igual. Novamente jogo mel no leite quente e o dissolvo aos poucos procurando um sentido para o que escrevo, o âmbar nadando e sumindo no branco puro, uma mistura de cores e texturas incrível. Chego a uma conclusão, já escrevi o suficiente. Ajeito meu cabelo em um rabo de cavalo bagunçado e fico encarando as seis bolinhas de pêlo chorando aos meus pés, rindo alto coloco-os de volta na cesta e finalizo esta postagem sorrindo abobalhada, ao menos um texto foi escrito.

5 de janeiro de 2010

Tomando café

Esta manhã estive pensando sobre o que escrever aqui, pois no final das contas, não pretendo abandonar o blog... De novo. O dia amanheceu nublado aqui, então arrastei meu velho e surrado moleton azul e minhas meias brancas furadas para a mesa da cozinha aonde o simples cheiro de queijo me deixava enjoada. Me arrastei até a mesa e me servi de café, como de costume, café amargo, tremendamente amargo. Peguei minha caneca e voltei para meu quarto aonde me peguei escutando "Blaze of Glory". Eu devo tentar tocar esta música em meu violão há alguns anos se brincar, sempre me perco na porcaria do solo. Cheguei a uma conclusão, escutar Bon Jovi enquanto tomo café amargo em uma manhã quente é algo relativamente delicioso e de fato inspirador. Devo ter escrito quase três capítulos para meu livro sem parar para respirar ou sequer ver que o tempo estava passando. Esta noite quase não dormi apesar de estar morta de sono em minha cama, talvez isso tenha afetado minha atenção ao mundo... Mesmo que seja mais provável que a cafeína tenha feito isso. Não consegui pensar em nada legal para escrever aqui, mas assisti Marley e eu e me lembrei de que tinha que levar os cachorros para passear, entretanto, a chuva melou com meus planos. Resolvi brincar mais um pouco com eles e voltei para dentro, tomei banho e vesti outro moleton velho e surrado, reparei novamente que eu sou viciada em moletons velhos, parecem até esquentar mais depois de alguns anos usando o mesmo. Aprendi alguns acordes de "Bed of roses", isso me deixou ligada. Fui almoçar, me enchi de fritura fugindo a minha dieta e regra de "nutrição", depois me deitei e comecei a assistir F.r.i.e.n.d.s. na Warner Channel e descobri que a preguiça de levantar me impedia até de pensar naquele instante. Meu celular tocou, mensagens de Wind, logo as respondi em um esforço sobrehumano para me levantar, comi uma trufa de chocolate e pulei no computador, conversei com algumas pessoas e me joguei de lado, lembrei-me de que tinha que escrever algo interessante hoje e como nada me vinha a mente, tentei escrever uma crônica, sem sucesso escrevi isto que você provavelmente vai parar de ler agora por perceber o quão a rotina de uma viciada em cafeína é insuportável. Na verdade, tediante ao cubo. A mensagem disto aqui? Nunca se torne uma desocupada, seja uma pessoa ativa na sua sociedade e jamais tome café amargo escutando Bon Jovi, isso vai te deixar viajando por um bom tempo.

4 de janeiro de 2010

Maçãs

Após um "belissímo" e "inspirador" post de começo de ano e começo de blog, visitei a página do google e ao ver aquelas maçãs dos layout eu simplesmente me lembrei do motivo da data de hoje estar marcada no meu calendário. É, hoje é aniversário do "tio" Isaac Newton, 367 anos é muita coisa de fato! Um dos maiores nomes da física, matemática, filosofia, alquimia, teologia e astronomia. Criador das três leis fundamento da mecânica básica. A prova de sua genialidade já é evidente até mesmo na maneira como lhe trataram em seu tempo, sendo respeitado como nenhum outro estudioso da época havia sido antes. Todas as suas teorias, estudos e escritas abriram portas em todo o mundo para a ciência e a evolução social de seu tempo. Mas olhe só, apesar de ter se engraçado, segundo boatos, com a filha de farmacêutico Anne Storer, Newton morreu virgem (sim, vocês leram isso mesmo) segundo alguns biográfos. Apesar de ser um grande homem, vale ressaltar que desde já o conceito de nerds indesejáveis pelas mulheres já parecia ser um ato bem comum há aproximadamente quatro séculos atrás (não resisti em fazer essa piada, fato). De toda maneira, deve-se respeitar a memória deste grandioso homem e agradecê-lo por tomar sombra em macieiras, vivemos no mundo de hoje graças à ele e sua preguiça de ficar de pé (piadas infames deveriam ser proibidas no país). Com essa singela homenagem a este grande homem me vou deixando meus cumprimentos ao mesmo. Vida longa à macieira.

2010

Começar 2010 com o pé direito é algo complicado de fato, aliás, começar todos os anos com o pé direito é uma coisa complicada. Chupar sete uvas, guardar sete sementes de romã, comer lentilha, se vestir de branco, todos tem suas simpatias, nem que seja vestir uma roupa nova e brindar o novo ano com taças de champagne com os parentes e amigos. Mas a questão é, com o tempo nós percebemos que nada disso dá certo e que toda essa festança de final de ano não passa de uma bobagem capitalista. Entretanto, todos nós acabamos por nos tornar mais solidários com o próximo, mas gentis com a família, mais preocupados com as pessoas menos afortunadas (porquê o termo "necessitados" é um clichê chato), e todo o resto. O importante nesta data não é pensar que este ano será cheio de paz (pois afinal, o que seria do mundo sem um pouco de guerra, certo?), não é pensar que neste ano você irá ganhar na loteria (mesmo que isso seja algo ótimo), ou que você vá perder aqueles quilinhos indesejados. O importante é pensar que neste ano você tem que dar o melhor de si para evoluir como pessoa, como ser vivo, como humano, e não como corpo. Evoluir toda uma mente, cuidar do astral. Procurar novas maneiras de se mostrar útil para o mundo. Não somos de Kripton, tampouco temos um chicote mágico, mas todos nós podemos ser "super" se soubermos agir como um super. Neste ano as pessoas deveriam pensar mais em ajudar aos outros do que no "ajudar meu bolso", dinheiro é importante, mas não exagere. Colabore com o planeta, ande a pé sempre que puder, plante várias mudas de árvores, evite poluir ruas e rios, seja solidário com essa mãe que nos abriga há milênios e mais milênios. Cuide de seu corpo e mente, não caia numa mesa e fique achando que isso vai resolver seu problema com peso ou curvas, evite academias, pratique um esporte e coma bastante verduras, beba muita água, relaxe e pratique momentos "eu e eu". Por resumo, cuide de sua mente, do seu social, do seu corpo, da sua saúde, dos seus familiares. Simplesmente ame o mundo, ame as pessoas ao seu redor, ame a si mesmo. Cuide da sua casa sendo ela de carne ou rocha e magma fervente.