21 de março de 2010

Sol

É, novamente estamos aqui. Novamente abandonei o blog. Deveriam me pagar para não escrever aqui, eu ganharia um dinheiro bom com isso. Sabe o que eu odeio? Noites quentes. Talvez por isso esteja gostando tanto desta, fria, escura, silenciosa, sem estrelas ou nuvens... Só a lua e eu. Ultimamente ando pensando demais no "medo". O que é medo afinal de contas? Não é tão dificil assim de se explicar quando sentimos medo, mas é completamente estranho de se decifrar. O medo é uma virtude dos acomodados que o usam como desculpa. Eu, particularmente, ouso dizer que não tenho medo de nada, acredito que sempre que realmente lutamos por algo não há nada a se temer, pois afinal, nada é impossível. "Morte". É, a morte é algo que assusta, mas é só por ser novidade, se encararmos ela como uma aventura não há motivos para se ter medo. A morte é só o começo da jornada e só se entende isso quando realmente se está aberto a opções. O egoísmo é útil nesse ponto, temos que pensar em nós esquecendo a sociedade ao redor para podermos realmente concluir algo. Devemos parar e analisar "É isso que eu sou? Que eu quero? É realmente isso que desejo fazer? É este o mundo em que quero viver?". Me cansa muito ter que ver em todos os lugares aonde vou pessoas fazendo de sua vida dramas dignos de Shakespeare, nada é imutável, pelo contrário, tudo acaba se transformando naturalmente. Ficar preso à uma realidade é pura escolha das pessoas que tem medo de sair dos seus casulos de conforto. O que seria do seu jardim se todas as borboletas tivessem medo de sair de suas "casinhas"? Seriam apenas pedaços de mato, pois se as borboletas tivessem medo de sair, as flores também teriam de desabrochar. Todos precisamos de um tempo para pensar antes de realmente abrir o casulo e mostrar ao mundo as cores em nossas asas, porém, não devemos esperar demais. A última flor que desabrocha é sempre a mais bela entre todas as outras, entretanto, ela perde sua cor e brilho se resolver sair durante o inverno. Não deixe a primavera passar. Se desapegue de medos e acomodações, sua vida está mal? Só vai piorar se continuar deitado no escuro reclamando da falta de luz. Lute por algo bom. Se está perdido na floresta e se depara com o caminho norte e com o sul, por que não se enfiar no meio do dois e fazer você mesmo seu caminho? Seja uma metamorfose ambulante e se recuse a ser sempre a mesma coisa, crie o seu mundo e mude-o até achar as cores que mais gosta nele. Quando conseguir viver para si e ser feliz, verá que lutar valeu a pena e que você não precisa de nada e nem de ninguém para ser feliz, só de você mesmo. Não deixe a onda te levar, volte para a praia e construa seu castelo.

Um comentário:

  1. palavras se tornam veludo, escritas assim. cantadas assim. como agradecer, não há forma. sigo dentre as sombras, criadas por mim mesma, enquanto busco, hesitante, ver novamente o brilho da lua.

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