24 de junho de 2011

The way you do

Amor, eu queria que você me amasse como eu te amo. Amor, eu queria que você pensasse em mim todas as horas do dia do jeito que eu penso em você. Amor, eu queria que você se lembrasse de mim quando ouvisse aquelas músicas melosas do rádio do jeito que eu me lembro de você. Amor, eu queria que você soubesse o quanto eu te amo, amor, para que eu pudesse também saber o quanto você me ama. Amor, eu queria te ter amor. Amor, eu queria te ter da mesma forma como você me tem.

17 de junho de 2011

It's only your shadow

Por que eu sinto um vazio tão grande hoje? Por que logo nesta sexta-feira fria eu me lembrei de ti e quis, pela primeira vez, chorar pela falta que você me faz? Por que hoje, depois de tanto tempo? Por que justo nesta hora, eu sinto meu coração ser esmagado por você e pela dor da sua ausência se fazendo presente em mim? Ah, meu anjo, meu doce e amado anjo, como eu poderia resumir a sensação de tristeza em meu peito? Como poderia eu, sendo réis mortal, descrever-te como inundam minh'alma a agonia e o desespero? Seria matemática e te diria em números, mas como contar este crescente infinito? Seria poeta e te faria as mais belas poesias com as mais românticas rimas, mas não há junção de letras, palavras ou rimas que expressem este sentimento que me dilacera. Queria saber falar a tua língua, a língua dos anjos, assim eu talvez conseguisse encontrar algum termo capaz de comportar toda essa dor que sua ausência me causa. Por que você se foi? Para onde foi, afinal? Seria teu sádico Deus te chamando de volta aos céus? É aí que estás? Sentada ao lado do trono dele? Se estiver, rogo aos céus e ao teu misericordioso Senhor que me devolvam você, rogo-lhes que te deixem voltar para mim na vã esperança de que seja sua vontade voltar aos meus braços para sentir o meu calor. Mas como poderias querer-me, não é mesmo? Como poderias desejar voltar à Terra e aos seus pecados onde és somente mulher se aí és o anjo com asas douradas enfeitando o pôr-do-sol? És fuligem cor d'ouro nas nuvens. Ah amada, como? Queria parar de chorar, mas anjo, novamente te pergunto: Como? Dei-me conta de que esqueci-me de como sua voz é, de como os timbres chegam ao meu ouvido; me esqueci de teu cheiro e de seu toque, também sem querer esqueci do seu calor. Lembro-me apenas dos vossos olhos, cor azul tão clara quanto tua atual morada, e de vosso sorriso, ah, sorriso que iluminava mais minhas horas mais sombrias do que o grande e supremo astro lumioso Sol, mais que a encantadora e misteriosa Lua, mais que as gentis e sedutoras Estrelas. Sem sua presença, anjo, eu sucumbo em pecado e em delírios vãos carregados de insanidade, caio em toda minha maleficência e de joelhos eu praguejo aos prantos entregando minha alma e meu corpo ao inferno. Deixo que as densas e eternas trevas daquele que não é nomeado tomem conta do meu externo e aos poucos, deixo que as minhas trevas internas se misturem à trevas dele permitindo que a energia deste encontro emane tamanha escuridão ao ponto de me fundir à todo mal do mundo, queimando minha carne e ossos. Tudo de que preciso é da vossa salvação meu anjo, do vosso amor e do vosso perdão. Por que tu não voltas aqui e me tira do vasto poço sombrio aonde mergulhei e afundei? Amada, anjo, minha amada e meu anjo, és a mulher que eu amo e o anjo que admiro, és meu amor, és minha amada, meu sonho e minha luz perdida. Amo-te como não amaria ninguém mais, mesmo no escuro, amo-te e quero-te como antes, até mais. Meu pranto o Diabo, senhor do inferno irá secar, mas não parar, enquanto tu não estiveres aqui para findá-lo. Meu corpo o fogo do inferno também vai consumir e transformar em carvão até que chegues para acabar com isso. Me entrego ao mal e em meu desespero, deixo-te partir novamente na esperança de que voltes um dia e me tire daqui, absolvendo então os meus pecados e salvando-me da maldição em que me transformei.

5 de junho de 2011

I remember shooting stars

Amar você, como eu poderia definir isso? É uma dor. É loucura, é delírio. Você é um copo de veneno, o mais doce e fatal que existe. Eu sinto seu cheiro de madeira molhada no vento, o negro de seu cabelo me envolve durante a noite como um grande manto, a frieza de sua voz e pele me ataca durante a ventania, seu toque de seda está gravado em meu tato e seu sabor de tabaco vive misturado ao de café nos meus lábios. Amor, por que se aproxima tanto de mim? Não consegues assimilar o perigo em estar assim tão perto de mim? És a musa mor de meus delírios de amor, sorriso maldoso que infesta meus sonhos com sinfonia cruel. Estrelas cadentes infestam o céu negro assim como o brilho vive em seus olhos cor de ébano. Eu quero um pôr-do-sol com você para poder me lembrar sempre do seu sorriso sádico ao ver o fim da luz , e como sei que o céu você adora, minha amada, eu tiraria do céu todas as estrelas que quisesse e com elas amor, eu te faria o mais bonito colar para combinar com a lua acima de ti. Eu não sei o que fazer com esse sentimento, e não sei o que fazer para sair de tamanha prisão de tristeza. Por que não vem e aproveita o sereno ao meu lado? Eu quero encarar seus olhos, quero ver seu negro encarar o meu negro. Eu sou fogo que pode se aproximar de tudo e você é a lua, assim distante de mim. Eu sou o fogo instável e louco, você é a imóvel e imutável lua. Por que Ela quis te tirar de mim minha amada musa? Toque-me, esteja ao meu lado, venha para mim. O que ela poderia ter que eu não possa ter melhor? O lirismo, a poesia, a dor estão ao meu lado, e o que ela tem além de ignorância? Ela não te merece como eu te desejo. Essa valsa que dançam, deveria ser o macabro tango da meia-noite ao meu lado. Deixe que meus dedos toquem seu pescoço, deixe que desçam pelo seu ombro e colo, deixe-me tê-la, deixe-me ver o tecido negro descer pela tua pele pálida sob o luar. Deixe que meus lábios cor de sangue toquem os seus gelados, deixe que eu sinta outra vez o gosto que tanto veneno tem, deixe-me cometer suicido sorrindo, deixe-me morrer ao seu lado. Deixa que eu seja tua e deixe que eu me iluda pensando que és minha também.

4 de junho de 2011

I'm already torn

Experiência própria, o amor é o maior dos males do mundo, é a junção de todos os pecados, a motivação de todos os atos de mal, razão de todo sentimento ruim. O amor é a raiz de toda dor, é o nutriente que a alimenta, as folhas que lhe dão vida, os frutos que ao cair espalham as sementes, as flores cujo polém infecta outros e o tronco que as sustenta. O amor é o ser e não simplesmente isso, é o não ser também. A dor é como fogo e o amor é o oxigênio que o inflama, que o alimenta e o torna cada vez maior fazendo-o queimar tudo ao redor. Amor é dor e não há nada que rime melhor com um do que o outro. Amor, dor, ardor, tudo isso é uma só coisa. Tudo é um mal. O amor é tão sádico que nos dá sempre uma prova da felicidade que ele pode nos trazer, só uma migalha do delicioso bolo que é a alegria amorosa, e então, nos mostra sua outra face, a infelicidade e nos lança pedaços do não tão delicioso bolo composto de dor e sofrimento de uma alma. O amor, é, o amor. Ele me tirou a minha vida, me tirou tudo. Entrou em meu peito e me destruiu. O que era uma enorme e viva árvore se tornou nada mais do que carvão, carvão que alimenta o fogo, que é a dor. Fogo que cisma em queimar tantas vezes a mesma cinza, torturando um cadáver e pisando em seu corpo fétido. O amor foi meu maior erro, meu maior pecado e agora pago o preço por tê-lo cometido. O amor se tornou a minha maior sina, é a minha maior dor. A culpa? A culpa é sua minha amada, que se foi, mas permaneceu dentro de mim.