10 de dezembro de 2010

Picture with a old frame

Ando tão cansada de não fazer nada ultimamente, e tão sem disposição até mesmo para me levantar, que começo a divagar na cama sobre as coisas que tanto me atormentam. Depois me vejo de cabeça tão cheia que não vejo, escuto ou entendo nada direito, é muita gente falando ao mesmo tempo. Estou zangada com tudo, grito toda hora, qualquer coisa me estressa e me faz ter um acesso de fúria, o que é estranho já que, geralmente, eu sou um poço de calma. Acabei de gritar com meu irmão porque o pedi para não lavar o cabelo e ele foi molhar os tão benditos fios louros. Detesto isso, não só o fato de ficar nervosa e quase ter um ataque cardíaco a todo instante, mas também o fato de gritar sem necessidade com todos ao redor.  Minha mãe sempre pergunta se ando tendo só o pé esquerdo para levantar de manhã, acho que, em partes, ela tem razão, nunca tive tanto mau humor acordando, acordada, indo dormir e até emsmo dormindo. Não consigo dormir, durmo bem pouco todos os dias, ando tendo os mais confusos pesadelos por estes dias, mesmo quando são coisas boas, porque são coisas boas que me atormentam e me dão idéias dolorosas. Sonhei hoje um dos sonhos mais confusos de todos, me lembro de tudo, assim como me lembro de tudo em todos os sonhos que tive nesta semana. Quando começo a enlouquecer demais eu sempre descubro porque começo a me lembrar de meus sonhos e seus detalhes. Talvez eu não melhore dessa vez. Todos dizem que estou estranha, eu não me sinto estranha, não me sinto nada, absolutamente nada. Não sou eu, mas também não é uma pessoa diferente. Quem é? Eu não sei. Memórias passadas, arrependimentos, medos, desesperos e raivas me acertam em cheio o peito, ando tão confusa e pela primeira vez minha confusão não envolve estar dividida entre duas garotas. Não, gosto de uma, isso basta, não é recíproco e tampouco conhecido, mas vá, deixa-me brincar de amor platônico. A questão é que eu ando confusa comigo mesma, confusa sobre o que quero e o que vou fazer, confusa do que é real e o que não é. Só confusa sobre quase tudo, ainda guardo poucas certezas. Sei de quais amigos quero estar perto, sei de quem quero me reaproximar, sei muito bem do que me arrependo; eu só não sei o que eu quero além disso, tampouco do que eu tenho que fazer para que essas coisas que eu quero venham a acontecer. Estou louca, simples.

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