23 de julho de 2010

E mai nessuno capirà

"Há dias que eu gostaria de ser como o vento. Só desejo ser como o vento. Se eu pudesse ter o controle da gravidade para poder voar nos céus. Esse é meu desejo. Eu acho que nesses dias estou tentando fugir do meu destino, (...) o vento sopra com força. (...) Só o que queria nessas horas era fugir do meu destino, pratiquei todos os esportes que existem, ninguém conseguia me vencer, (...) tudo me parecia tão distante que conseguia notar o tempo, só o que me importa são os carros de corrida, eles significavam tudo pra mim até conhecer Michiru, e foi aí que percebi que ela era quem eu estava procurando e que ela sabia quem eu era (...), mas sentia que a hora se aproximava, tudo mudaria num piscar de olhos. (...) E por isto escolhi este caminho (...) Não posso voltar atrás agora, não agora que a batalha final está próxima."
Haruka Tenoh, Sailor Moon.

Imbranato.

Acordei me sentindo quebrada, não tinha sono algum, mas não queria levantar. Queria continuar caída naquela cama sem me lembrar de nada, queria voltar a dormir e a não pensar em simplesmente coisa nenhuma, queria deitar e não levantar mais. A droga do celular tocando alto me fazia querer vomitar, quem era? Minha avó ligando para checar se ainda tinha créditos no telefone de casa. Uma vontade absurda de jogar no chão aquele maldito pedaço preto de tecnologia me subiu pelas veias, revirei os olhos e voltei a tentar dormir. Sem sucesso, liguei o rádio e coloquei-me a ouvir músicas cafonas que com certeza não me fariam mais feliz. Uma coisa que sempre vi em mim, quando assustada, amedrontada, triste e magoada, eu nunca fico "irritável", eu fico irritante tentando parecer o mais feliz possível. Uma euforia maluca me cresce, uma infantilidade louca, reflexo de toda a vontade de gritar alto amaldiçoando a Terra por todas as voltas que dá me fazendo cair. Choros e risos exagerados a cada instante, palavras que machucam, que enraivecem até o último pedaço da alma. Calafrios, uma vontade de deitar na cama, fechar as janelas, excluir toda a luz possível do dia, botar uma música cafona no rádio e olhar pro teto pensando no quanto as coisas não fazem sentido algum. Odeio tudo isso. A espuma branca do leite vai se escurecendo com o café que se mistura lentamente com este, ambos quentes de me queimar a garganta, exatamente como gosto. O céu de azul vivo, mas escurecido como se coberto por mil nuvens cinzentas, me lembra o quanto tudo é repartido ao meio, o quanto tudo é tão contraditório e até mesmo relativo. Vicio maluco que me atormenta em cada canto, cada detalhe e cada lembrança me traz a minha loucura. E ah! Como eu odeio espelhos. Eu estou em casa, não me mudei, não sai do lugar, mas ah, como queria poder voltar pra "casa"! Let me go home...

21 de julho de 2010

Quando me perguntam

O amor é. Ele simplesmente É! Não podem fazê-lo desaparecer, é a razão de estarmos aqui. É o topo da vida. E, quando você chega ao topo e olha para todos lá em baixo está preso nele para sempre, pois se tentar mover-se, você cai você cai...”.
(Assunto de Meninas.)

12 de julho de 2010

O Choro Lupino

Estava tudo coberto de neve, havia lobos em toda parte ao meu redor, não podia vê-los, mas podia sentí-los me observando com aqueles olhos perfeitamente dourados. Eu sentia tanto frio, mas não me importava, meus pés descalços não faziam a menor diferença. Ao correr podia sentir os galhos arranhando e rasgando minha pele, me cortando. Quanto mais rápido eu corria, mais rápido eles vinham atrás de mim, uivavam tão alto e de forma tão sombria que pareciam um só grito. O som de água corrente me assustou e me confundiu, como podia existir água sem que ela se tornasse gelo em meio ao frio extremo? Deslizei pelas pedras caindo na água e lá estavam eles atrás de mim, me senti quase cair em meio aquela água fria, mas simplesmente me virei para trás. Aquele vento forte e cortante me passando pelo rosto e cabelo, foi então que encontrei um sorriso em meio a toda aquela escuridão. Os uivos pareciam se tornar choros agora, lágrimas desciam pelo meu rosto e eles pareciam compartilhar a dor que eu estava sentindo. Medo, solidão, tristeza, uma vontade de cair e me deixar levar por aquelas águas... Aqueles olhos quase prateados pareciam os de uma fera tão cruel quanto a própria noite, mas aquele sorriso doce e aquela mão estendida em minha direção me deixaram confusa. As lágrimas corriam e lá eu estava observando aquela figura pálida sob a luz da lua, imóvel. Eu deveria ou não ir com ela? Era só um sonho, ou um sinal? Queria conseguir continuar correndo.

7 de julho de 2010

Do papiro para o blog

Sabe, analisando minha infância, acabo de constatar que toda garota já teve um diário, nem que seja um daqueles diários pequenininhos da Barbie comprados no "1 real", ou uma matéria separada no caderno aonde eventualmente escreve suas maluquices e loucuras, loucuras das quais ninguém pode nem mesmo saber, sentimentos que todos são proibidos de ler. Geralmente são coisinhas bobas, às vezes só comentários como "minha aula foi um tédio hoje" ou "ai ai, como a fulana estava bonita hoje", mas vamos admitir que ler o diário de alguém é uma das maiores realizações do ser humano, o animal mais curioso e "xereta" da história. Infelizmente, todo mundo cresce e acaba ganhando um bendito computador (a razão de todos os meus vicios e o motivo das minhas noites mal dormidas de sábado), larga o diário em um lixinho e acaba criando um blog, aonde compartilha cada gotinha de pensamento e sentimento que guarda dentro de si. E se posso dizer, os diários são a maneira mais "divertida" de se conhecer as pessoas usando de uma leitura agradável. Agora, parando de enrolar um pouco, divulgo o blog da minha anja sem asas: http://likewannabee.blogspot.com/ o "Mundo de Ilusões". Tá no começo, mas ainda sim promete leituras agradáveis e bons links para quem curte fanfics dos mais diversos "contos da carocinha". Afinal, é uma delicia ler o diário dos outros.