13 de dezembro de 2010

Sunset in your eyes

Acho que hoje é um dos poucos dias que acordo de mau humor, porém, relativamente feliz. Tive uma péssima noite de sono, não consegui dormir por causa do calor, passei mal, mas uma coisa valeu a pena de fato. Sabe aquelas coisas que acontecem todo dia, e quando acabam, você sente falta? Então, acaba recebendo uma "amostra grátis", pequena e quase insatisfatória comparada com as antigas mostras, mas ainda sim, você fica feliz e completamente satisfeito? É mais ou menos isso. O dia era vinte e sete de novembro, lá estava eu cuidando da minha vida quando descendo as escadas senti o coração acelerar; o tempo, o mundo inteiro, todos simplesmente pararam; minhas pernas tremeram; minha lingua e garganta ficaram travadas, como se algo as segurasse; minha visão girava, meus olhos pareciam arder e minha mente lhes protejava lembranças e vultos mesclados com aquela visão do momento; tudo parou. Tudo. Do you know that everytime you're near, everybody else seems far away? É quase, aliás, é totalmente como nessa frase. Estou escutando Hoobastank e acho que é a primeira vez que me identifico de verdade com alguma das letras deles. Aliás, ultimamente ando me identificando com toda e qualquer música que fale de mágoa e/ou pesar, arrependimentos e dores. De distâncias. Infelizmente, eu quem construi o "muro de concreto entre nossos lábios", e nem ouso dizer que precisei pensar antes de admitir. Voltei a escrever meu antigo livro, um tanto quando nostalgica. Reli algumas partes e simplesmente me pergunto porque Laurence acabou agindo daquela maneira, minha vontade é que como ela, eu pudesse simplesmente apagar e escrever um final diferente, mas isso é impossível. Cresci com uma frase de Chico Xavier enraizada em mim: "Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim." e hoje me pergunto se isso se aplica a todas as pessoas, me pergunto se adianta em todos os casos simplesmente tentar escrever um final diferente do que era planejado, a resposta geral é "desista". Deveria desistir? Ainda não acho que seja hora de covardia, é cedo demais e eu sei que ainda posso chegar mais perto do pódio que isto.

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