13 de agosto de 2010

Oh, why can't you see?

"1. Lembrança grata de pessoa ausente ou de alguma coisa de que nos vemos privados.
    2.
Pesar, mágoa que essa privação nos causa."

Sabe, eu simplesmente odeio essa tal de saudade, digo, às vezes ela é boa e faz com que encontros sejam mais deliciosos do que de costume, mas em noventa por cento das vezes não passa de só mais uma angústia crescente e louca no peito. Recordações que de tão boas chegam a arder e doer no peito causando uma vontade enorme de arrancar o coração dali e mandá-lo para longe evitando sentir algo mais. Mas afinal, o que é mesmo sentir falta de alguém? É sentir seu cheiro por todas as manhãs? Revirar-se na cama procurando aqueles braços quentes e deparar-se com uma parede fria? Ouvir o tocar da campainha e correr até o portão esperando ver aquele par de olhos brilhantes e se topar com a vizinha? Sair correndo para atender o telefone esperando aquela voz de veludo mesmo sabendo que ela não vai ligar? Se pegar ouvindo lindas músicas e olhando pra janela vendo aquele céu azul da cor exata dos seus olhos e pensar "como seria bom se ela estivesse aqui agora"? Rir ao se lembrar de piadas idiotas? Chorar por estar sozinha? É, talvez isso seja sentir falta. Eu sei que desses sintomas, eu tenho outros mais e poderia passar dias escrevendo-os aqui, mas me poupo das palavras dizendo um simples: Sinto saudades.

Mp3: "I'm not gonna teach your boyfriend how to dance with you", Black Kids.

7 de agosto de 2010

Flor de cerejeira

É de fato que não ando dormindo bem ultimamente, para ser franca, há mais de uma semana não consigo dormir. Pesadelos, faltas de ar, solidão. Simples e sem maiores explicações. Durmo pouco e acordo dolorida e mais cansada do que quando me deitei, fico tempos e tempos na cama olhando o teto e mirabolando quantas ondas cada pequeno trecho daquela madeira fina tem. Chego à conclusão de que não existem ondas ali e volto a buscar algo em que pensar. Lembro-me da escola e me visto rapidamente esquecendo a famosa vaidade, vestindo a primeira coisa que vejo pela frente se ela for me esquentar. A rotina me mata aos poucos assim como o tédio e a falta de inspiração. Aonde estão as tais musas inspiradoras de quem tanto me falam? Não encontro nenhuma disposta a me causar devaneios loucos de suar o travesseiro ou simplesmente causar o suspirar entre os vermelhos e finos lábios meus. Então paro e me dedico às flores de cerejeira. Delicadas e belas da forma mais singela e simples possível, tão serenas.