13 de abril de 2010

Azul acinzentado

Com o passar do tempo a única coisa que consegui realmente aprender sobre blogs é que eu jamais vou conseguir manter um com posts regulares e diários. Sempre que começa a dar certo, algo me impede de escrever, seja a preguiça; a falta de inspiração; a falta de tempo... Nada ruma a favor de um blog organizado. Mas prometo que tentarei ser mais presente. Mas esquecendo as desculpas, volto para o meu post de hoje. Hoje acordei cedo, não tinha aula, logo não tinha nada para fazer. A casa estava vazia e fria, o céu estava nublado, o café amargo e quente. No tapete da sala, consegui ver Luna enrolada brincando com um boneco de plástico, aquele pêlo branco com manchinhas pretas parecia tão quentinho que nem me dei ao trabalho de lhe aquecer mais. Tomei uma golada de café e me forcei a enchê-lo com propólis, maldita dor de garganta. Liguei o P.C. e abri minha pasta de músicas, logo de primeira escutei os acordes de "Rocket", da banda Plastic Tree. Ótima música para dias com esse clima, ritmo lento, letra um pouco melancólica. Combina com o café. Comecei a escrever mais algumas partes de meu livro, o som de "Tears and Rain", cantada por James Blunt, me invadiu os ouvidos, boa escolha para dias frios novamente. A vontade de ler Dorian Gray me invadiu a alma e isso era fato. Às vezes gostaria de ser imortal como ele, poderia passar a eternidade fugindo de espelhos para ter o prazer de ver as pessoas indo e vindo sem sequer aprender com seus erros. Isso pode soar um pouco anti-social, talvez o seja. Talvez eu goste um pouco da solidão que se encontra entre essas paredes brancas. Me faz pensar melhor nas coisas. Entretanto, só eu sei como aqueles olhos esverdeados poderiam fazer a diferença nessas horas. Como se pode sentir falta de algo que, tecnicamente, nunca se teve? Droga de melancolia, droga de céu distante.

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