22 de janeiro de 2011

Car ma vie

Azul, eu adoro essa janela de madeira azul e amo a parede branca envolta. Aquele muro velho de tijolo vermelho e mofo, aquela grade enferrujada. Gosto também daquele vaso bonito de renda portuguesa, com aquelas folhas verde-escuro enfeitando a sala. A flor de maio branca que desabrocha fora da hora e parece ainda mais bonita na mesinha de centro, mimo antigo que poucos conseguem entender. É aquela companhia gostosa que de longe te faz ficar bobinha e mais bobinha olhando pra tela do computador. Aquela coisa singela, aquele sorriso todo traiçoeiro e matreiro, menina bonita. Deve ter uma risada daquelas gostosas de ouvir, daquelas que te prende e que te faz agir feito palhaço pra ouvir mais. Ah, meu Deus, como poderia ter tanta graça um alguém assim tão inocente? Ah, mas é sim, é assim toda cheia de charme, toda cheia das manhas e toda cheia daquilo que eu gosto. Daquelas que te viciam, que te chamam pra perto quando você cisma fugir, e no final, quando ela chama você acaba indo, e depois que foi nem lembra o que estava fazendo antes. É como um roubo, te tomam do resto do mundo e te chamam tanta atenção quanto a plumagem verde e bonita das aves tão belas de nosso clima tropical. Menina, seja minha. Ou então permaneça assim, tão pura e casta, tão doce e tão meiga, assim, com esse teu jeito que só você saberia ter no mundo todo. Assim, tão delicada quanto flor sem espinho. Afinal, as rosas tem um perfume gostoso, são bonitas e assim tão românticas, mas perdem feio para as margaridas que assim tão simples e frágeis, conseguem me fazer pensar por horas em quão bonitas são e em como seu perfume assim, tão diferente dos demais, consegue ser ainda mais encantador. Um brinde às margaridas.

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