"Mas qual luz abre a sombra deste balcao? Eis o oriente é Julieta, e o sol!....Oh, e a minha mulher e o meu amor!"
Ato II, cena II.
Ato II, cena II.
E se eu te dissesse que eu sinto muito, você voltaria pra mim? Voltaria pra mim e me diria outra vez o quanto precisa de mim na sua vida? E se eu usasse meu melhor vestido, meu batom mais vermelho e meu sapato alto, diria novamente o quão me acha bonita? Eu preciso de você, e a cada dia que vivo sem sua presença mais me dou conta disso. Quanto mais longe fico de você, mais a lembrança do seu perfume me deixa atordoada, mais a lembrança do seu beijo me instiga, mais a lembrança do toque suave da sua pele na minha me arrepia, mais a lembrança de você me faz querer voltar atrás, mais a lembrança de você me faz querer ir até ai nesse exato momento e tomá-la nos meus braços e fazê-la minha posse. Eu te dou minha alma, te dou meus poemas, minhas mais adocicadas palavras de amor, te dou tudo que sou e te dou meu coração. Só preciso mais uma vez te ver, mais uma vez te ter, mais uma vez me aproximar e ouvir a sua voz melodiosa no meu ouvindo repetindo meu nome. Minha Julieta, oh sim, minha e só minha Julieta. Você é meu amor, minha razão, minha motivação. Ah Julieta, minha alegria quando vem e minha dor quando se vai. Você é meu sol e minha lua, você é tudo. Por que me deixaste? Por que foste embora? Oh minha Julieta, por que não volta pra mim? Por que não esquece os pecados cometidos por mim e se joga em meus braços novamente prometendo jamais ir embora de novo? Eu te desejo, eu a vejo, eu a necessito como preciso de ar, de água, de música. Eu posso escrever sobre qualquer coisa de maneira maestral e carregada de imaginação, mas como posso escrever sem ti se és a minha inspiração? Sem você aqui só posso escrever sobre minha dor e sobre a recordação de sua beleza, recordação esta que me causa ferimentos de navalha no peito. Julieta, ah, minha Julieta, me deixa ser teu Romeu. Me deixa ser tua novamente, inventa de novo todo meu ser, perdoe tudo que achar necessário e esquece o que a magoou, e volte pra mim. Ah Julieta, deixe novamente que esta velha e derrotada poetisa lhe recite com todas as palavras do mundo os poemas mais apaixonados já escritos e deixa que ela sinta novamente o cheiro de seus cabelos cor de turmalina negra. Ah Julieta, volte.
"- Chama-me somente de amor - diz Romeu – e serei novamente batizado e jamais serei Romeu outra vez."
Ato II, cena II.
Ato II, cena II.
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