4 de junho de 2011

I'm already torn

Experiência própria, o amor é o maior dos males do mundo, é a junção de todos os pecados, a motivação de todos os atos de mal, razão de todo sentimento ruim. O amor é a raiz de toda dor, é o nutriente que a alimenta, as folhas que lhe dão vida, os frutos que ao cair espalham as sementes, as flores cujo polém infecta outros e o tronco que as sustenta. O amor é o ser e não simplesmente isso, é o não ser também. A dor é como fogo e o amor é o oxigênio que o inflama, que o alimenta e o torna cada vez maior fazendo-o queimar tudo ao redor. Amor é dor e não há nada que rime melhor com um do que o outro. Amor, dor, ardor, tudo isso é uma só coisa. Tudo é um mal. O amor é tão sádico que nos dá sempre uma prova da felicidade que ele pode nos trazer, só uma migalha do delicioso bolo que é a alegria amorosa, e então, nos mostra sua outra face, a infelicidade e nos lança pedaços do não tão delicioso bolo composto de dor e sofrimento de uma alma. O amor, é, o amor. Ele me tirou a minha vida, me tirou tudo. Entrou em meu peito e me destruiu. O que era uma enorme e viva árvore se tornou nada mais do que carvão, carvão que alimenta o fogo, que é a dor. Fogo que cisma em queimar tantas vezes a mesma cinza, torturando um cadáver e pisando em seu corpo fétido. O amor foi meu maior erro, meu maior pecado e agora pago o preço por tê-lo cometido. O amor se tornou a minha maior sina, é a minha maior dor. A culpa? A culpa é sua minha amada, que se foi, mas permaneceu dentro de mim.

Um comentário:

  1. O que falar do quão magnífica é a forma c a qual vc escreve sobre esse ben(mal)dito sentimento chamado AMOR?? É. Não me restam mais palavras. Vc as usou perfeitamente bem no texto acima! Até parece que roubou meus próprios sentimentos e os transformou nesse belíssimo texto! ;)
    Parabéns! Mto bom mesmo.

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