24 de julho de 2011

How can anyone feel so wild?

Preto, meu bem. Sua cor é preto. É preto minha adorada, preto é a cor de tua alma. Se esconde com o véu da noite, ampara-te na luz da lua e então acha que ainda não notei que você se esconde é do sentir. Descobre teu rosto e deixa-me ver em teu olhar gelado o quão és grandiosa. Tu me inspiras adorada, talvez até me instigues, talvez até me desafie sem ver a tê-la. Teus olhos são assim, são cor de noite, são negros como tua alma, negros. Estes teus olhos escuros, adorada, ah, estes seus olhos. Eles me hipnotizam, me elevam e me fazem lembrar a forma da lua cheia, mas veja só, são um eclipse. São escuridão rodeada por luz. É impossível ver o luar e senti-lo banhar minha pele sem me lembrar de ti, são tão geladas, você e a lua. Ambas exercem sobre mim um fascínio colossal, sinta-te honrada quando ouso dizer que os teus gracejos me encantam mais do que o brilho da lua, tamanha a vossa majestade minha adorada. Sua forma de gesticular, vossos desejos e ideologias, a tua filosofia e trejeitos, mulher, como poderia eu não te adorar? Como quisera eu ainda ver mais beleza no infinito céu acima de mim, mas teu sorriso me inebria; quando abre os lábios rosados e começa a falar, meu bem, não há nada que roube mais minha atenção que as suas palavras. Vossos passos assim, tão confiantes e tão ousados, são tão cheios de arrogância e ferocidade quanto você é. Mas ah, seus lábios, como eu conseguiria tirá-los da minha cabeça? Teriam eles o gosto de baunilha que o seu aroma tem minha adorada? Seriam de sabor tão complexo quanto vossas palavras? Com vossa inteligência tu me desafias em todos os instintos e com destreza maestral desmonta meus argumentos, mulher, me entontece com tamanha verbalidade e eloquência. Mas oh! Como me devora o desejo repentino de ter ao meu lado, adorada. Não como minha mulher, não em meus braços e não como minha amada. Ah, não, quero-te como lua, adorada. És tão escura e fria quanto a noite, como consegues ser a lua devastando as trevas de minh'alma? Como ilumina tanto minha mente se não tem luz sequer para abastecer à si própria adorada? Em tua falta de rumo, encontro-me e em teus delírios, desejo me fazer presente, desejo me fazer estrela pairando ao lado de vossa grandeza. Amada, seja minha e prometo o céu lhe dar, as respostas dar e os poemas mais pelos recitar. Seja minha musa e minha poetisa e serei eu a vossa maior admiradora, vossa escrava, vosso escuro de onde tirarás força e onde brilharás.

Um comentário:

  1. No twitter, uma tresloucada, no blog uma romântica inveterada. Gostei dos teus tons. Te seguindo. Bjs!

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