9 de dezembro de 2010

When angels cry blood

Ando sem cabeça pra pensar, sem paciência para nada, estou cheia de dores e não consigo dormir pela noite. Tenho medo de tudo, fico tonta com quase nada, meu peito dói o tempo inteiro e cair se torna algo bastante fácil. Penso, penso e novo e nem mesmo sei responder se eu estou bem. Claro que não estou, por que eu estaria? Claro que poderia estar pior, fisicamente falando, mas ainda sim. Há dias em que eu simplesmente gostaria de me esvaneser, sumir, dissipar-me no ar e acabar me tornando vapor, afinal, vapor se torna chuva e a chuva sempre é carregada para o mar. Sempre me indaguei que caminho tomar para esvair-me de tamanha natureza escura e cruel que me cerca, mas cheguei à um ponto em que até gosto da obscuridade e da melancolia, gosto da dor da nostalgia, gosto do sofrimento que causo à mim mesma. Ando esmorecida do mundo, de tamanha tristeza e tamanho tédio das coisas e das pessoas, me pergunto se não sou, assim como Álvares de Azevedo, entediada na vida, do mundo em si.

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