6 de novembro de 2010

"Deixa eu brincar de ser feliz...

... deixa eu pintar o meu nariz"
Los Hermanos, Todo Carnaval Tem Seu Fim.
 

Sabe, eu fico tão depressiva ouvindo essa música, fazendo uma análise de cada frase, escutando-a repetidas vezes, adivinhando as frases seguintes. Para aliviar essa dosagem exagerada de drama, volto para 2007 e escuto D'Black com a música 'sem ar', ainda mais triste, mas ainda sim, não tão impactante em mim quanto a anterior. Me inspiro para escrever e nada vem na mente, a parte ruim de ficar triste é quando as pessoas ao seu lado resolvem notar e se angustiar com isso, toda a angonia dentro do meu peito não é páreo para a dor que essa empatia me causa. Não é que a solidão seja boa, só é o melhor quando se deve dividir ou causar dor da pessoa do seu lado. Ela está aqui, isso é bom, mas ainda sim, pensar que a machuco, com toda essa insanidade e imensa melancolia em mim, é como morrer e ainda sim, a quero por perto e honestamente, não sei o que faria sem ela do meu lado. Ivete Sangalo, Deixo, linda a letra por mais que eu não seja grande fã das músicas dela. "(...) Quando a noite vem / fico louco 'prá dormir / só pra ter você / nos meus sonhos / me falando coisas de amor / Sinto que me perco no tempo / debaixo do meu cobertor / Eu faria tudo / prá não te perder / assim / Mas o dia vem / e deixo você ir" Acho que são poucas as músicas que podem explicar melhor os meus sentimentos. Pesadelos mesmo que torturantes ainda sim são bons pra tirar a cabeça dos problemas se uma face conhecida e agradável estiver por lá. A verdade é que estou infeliz e são poucos os momentos em que consigo espantar isso, e ultimamente ando confusa sobre sair do meu mundo, quando saio só me firo, não vale a pena então, mas ainda sim, sempre faço. O risco de se machucar, de se perder é sempre tão grande quanto o de deixar de ter medo da luz, acredito, então é, no final das contas acaba valendo a pena de um jeito de outro.

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