5 de junho de 2010
Mergulho fundo
É irônico como o lugar favorito de uma fã da cidade não passa de um pedacinho de grama no meio do nada. O céu mais lindo que já viu, o mais estrelado e o mais azul. A grama mais viva a macia, os sons mais calmos e mais ritmados que já escutou. Aquelas águas violentas que conseguem compor a música mais bem composta do mundo, aquela cor incrível. Olhos de fera que são os mesmos olhos da mãe carinhosa. A solidão que é não estar sozinho hora alguma. Liberdade, serenidade. Celulares, secadores, televiões, jornais, problemas, tudo isso vai indo embora simplesmente, como uma roupa que se tira do corpo violentamente. O corpo cansado dá espaço pra mente aberta e descançada, tudo que era doente agora se cura em questões de segundos. Sente-se mais em casa ali do que em qualquer lugar, é o seu pedaço de paraíso entre água e montanhas, é o tocar do orvalho sobre seu rosto na manhã fria. É a barraca molhada que esfria e aquece, é a risada dos pássaros que te acorda, é o sol mais bonito que você já viu indo e voltando também. É a maior e mais brilhante lua, são as mais belas estrelas do céu. Música boa, vista linda, calma... Paz, finalmente.
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