24 de janeiro de 2010

Inevitável

Well, "galerinha da pesada", eu acabei abandonando isso aqui de novo, posso até ver as teias de aranha empoeiradas e velhas aqui, mas é, isso sempre acontece com os blogs por um tempo quando sua escritora se estressa, perde a inspiração e fica sem tempo algum até mesmo para respirar. Enfim, para compenssar os únicos - e poucos, bem poucos - que lêem meu blog, resolvi escrever um pequeno trecho do meu livro - esboço de livro - aqui. Mas é, deixando claro que as personagens e a história são de autoria minha e vão continuar sendo, okay? Então sem cópias.

Ondas no mar
Os olhos de Luna observavam atentos o movimento das nuvens no céu. Jamais entendi a obssessão que ela tinha por ele. Tão distante e vazio. Azul, simples azul. Torci meu nariz e voltei as minhas atenções à guitarra vermelha que tentava afinar. Bufei e foi quando ela riu baixo, arqueei a sobrancelha esquerda.
- Do que está rindo? - Perguntei finjindo não ter interesse.
- De você - Fez uma pausa - Fica linda torcendo seu nariz assim
- O que tanto olha? - Perguntei escondendo o rosto como se nada tivesse ouvido. Luna de fato conseguia me deixar envergonhada com um sorriso - Está há horas ai olhando o nada
- Estou nos vendo - Ela sorriu, aquele mesmo sorriso da primeira vez que a vi, tão lindo.
- Nos? - Perguntei rindo baixo, tão louca às vezes.
- É, nós duas Kimberlly... - Novamente suas pausas - O céu e o mar...
- E por que diz que... - Ela me olhou e eu senti que deveria ficar calada. Talvez por ter entendido no meu interior o que ela queria dizer. Só o céu tocava o mar e vice-e-versa.
Coloquei a guitarra sobre a mesa e fui até onde Luna estava sentada, a abracei por trás e deitei minha cabeça em seu ombro sorrindo de lado, sabia que a tinha, isso bastava. Como eu sabia? Simples, o céu e o mar jamais se separam.
Não precisávamos proferir uma palavra sequer, palavras sempre foram pouco pra nós. Aquele silêncio dizia tudo que eu sentia, e aqueles olhos escuros me respondiam na mesma intensidade.
Tudo estava bem e eu sabia que sempre estaria.

Nenhum comentário:

Postar um comentário